INTERIOR

Stalker que perseguiu médico mineiro vai para prisão domiciliar

A principal denúncia era de perseguição ao profissional da saúde, que começou depois que o médico negou qualquer envolvimento amoroso com ela

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A jovem stalker Kawara Welch, presa sob a acusação de perseguir um médico que vive em Ituiutaba, no Triângulo Mineiro, conseguiu o benefício de prisão domiciliar. Ela ficou detida em Uberlândia por quase um ano e, agora, deverá cumprir uma série de restrições para não retornar ao presídio.

Kawara era paciente do médico, que não teve o nome e especialidade divulgadas e, em 2019, teria começado a persegui-lo, alegando estar apaixonada por ele. O especialista teria parado de atender a mulher e ela passou a fazer ameaças e começou a ligar para familiares do profissional.

Conforme o Estado de Minas informou à época, o homem disse que havia sido procurado pela jovem para tratar uma depressão, mas ela passou a tentar um relacionamento. Como ele se negava, ela enviava mensagens em que amarrava uma corda ao pescoço e simulava um enforcamento.

Depois, passou a ameaçar de enviar conversas que eles tiveram à mulher dele. Em um dia, ela chegou a enviar 1.300 mensagens e a fazer mais de 500 ligações por celular.

A vítima disse que a mulher chegou a aparecer em congressos que ele participava em outras cidades e ainda o perseguiu no trânsito.

Nesta terça-feira (22/4), a Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp) confirmou que a acusada deixou a penitenciária Pimenta da Veiga. A mulher foi presa em maio de 2024 e o alvará de soltura foi concedido pela Justiça.

Por conta da prisão domiciliar, ela não pode sair de Uberlândia por mais de sete dias sem prévia autorização judicial e deve manter o endereço atualizado. Ainda segue proibida de se aproximar do médico e dos familiares dele ou manter qualquer tipo de contato. A mulher também não pode sair à noite de segunda a sexta. No final de semana e feriados deve permanecer em casa durante todo o tempo.

A defesa da mulher contesta a acusação e afirma que há distorções nos fatos narrados pelo médico, pela Polícia Civil (PCMG) e pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). O médico não quis se manifestar sobre o assunto.

Stalking



Em 2024, a Polícia Civil de Ituiutaba, com apoio da delegacia de Uberlândia, prendeu a universitária, de 23 anos, que estava foragida havia um ano. A principal denúncia era de perseguição ao profissional da saúde, que começou depois que o médico negou qualquer envolvimento amoroso com a jovem, ainda 2019.

  

O médico e sua esposa registraram 42 boletins de ocorrência por perturbação do sossego, ameaça e extorsão. Kawara também furtou o celular da esposa do médico dentro da clínica, o que levou a Justiça a expedir um mandado de prisão contra ela.

Mesmo com medidas protetivas e prisões anteriores, a mulher continuou a perseguir as vítimas. A polícia chegou até ela ao descobrir uma matrícula em uma universidade de Uberlândia, local ela foi presa, há 11 meses.

Pedido negado em 2024

No dia 25 de maio do ano passado, a Justiça negou o pedido de soltura de Kawara. Ao proferir a sentença negando o pedido da defesa, o juiz André Luiz Riginel da Silva Oliveira, da Comarca de Ituiutaba, destacou que Welch, “por reiteradas vezes, descumpriu medidas cautelares diversas da prisão”. Por isso, o magistrado entendeu que a “decretação da prisão preventiva se mostrou absolutamente necessária”.

Outro ponto considerado para manter Welch presa foram os descumprimentos de medidas protetivas ao longo do mês de janeiro de 2023 — quando, em março daquele ano, ela teve a prisão preventiva decretada, permanecendo foragida até ser capturada em maio de 2024.

“Nesse período de fuga, mesmo estando com mandado de prisão em aberto, a suspeita continuou a perseguir as vítimas [o médico e sua esposa], tanto que em 22 de abril de 2024 Kawara teria ligado três vezes para a vítima”, afirmou o juiz, acrescentando que “percebe-se a existência de indícios de uma perseguição implacável e quase que cotidiana, que já duraria vários anos”.

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