CIRCUITO LIBERDADE

Circuito Liberdade cresce em BH e passa a reunir 56 espaços culturais

Rede mineira de cultura e criatividade passa a reunir 56 instituições públicas e privadas; nova fase aposta na economia criativa e em conexões pela capital

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Criado pelo Governo do Estado e gerido pela Fundação Clóvis Salgado (FCS), o Circuito Liberdade entra agora em uma nova fase de expansão e passa a reunir 56 equipamentos culturais distribuídos pelo hipercentro da cidade. São 21 novos integrantes.

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Desde abril, o projeto registrou crescimento de 70%, ampliando seu alcance para além da Praça da Liberdade e consolidando-se como a maior rede colaborativa de cultura da América Latina, que já conta com teatros, museus, galerias, cinemas, salas de concerto, bibliotecas, centros culturais e outros espaços.

Com a adesão de novos integrantes, a iniciativa passa a incluir instituições situadas nos eixos da Avenida João Pinheiro, Rua da Bahia e Região Central, fortalecendo a articulação entre espaços públicos, privados e comunitários.

Expansão e novos protagonistas

Durante o anúncio da nova etapa, o coordenador executivo do Circuito, Lucas Amorim, destacou o caráter coletivo e o papel da rede como elo entre cultura, turismo e desenvolvimento.

“O Circuito Liberdade nasceu de uma parceria bem-sucedida entre o poder público e a iniciativa privada, baseada em pesquisa, planejamento e compromisso com a cultura”, afirmou Amorim.

Ele explicou que o processo de expansão foi acompanhado da publicação de um regimento interno, elaborado pela FCS, que define regras e condições para adesão de novos espaços.

“O Circuito Liberdade reúne diferentes tipologias de espaços, equipamentos públicos e privados, imóveis sob administração estadual e instituições que mantêm viva a cultura das nossas cidades. Estamos ampliando essa rede para além da Praça da Liberdade, fortalecendo a conexão com outros territórios e valorizando a tão falada economia criativa”, disse Amorim.

O coordenador ainda ressaltou o papel da cultura como vetor de geração de renda e emprego: “Estamos começando a atualizar o radar da economia criativa para entender qual é a geração de trabalho e renda que a cultura oferece aqui em Belo Horizonte. Já sabemos, em nível nacional, que a economia da cultura representa cerca de 6% do PIB, mas queremos identificar o impacto local dessa cadeia”.

Amorim adiantou que o Circuito prepara o lançamento da programação de Natal nas próximas semanas e, em março de 2026, um seminário de educação patrimonial, que reunirá instituições culturais, pesquisadores e gestores públicos para debater o papel do patrimônio histórico na formação cidadã.

“O Circuito Liberdade é hoje um patrimônio de Minas Gerais, com reconhecimento nacional e internacional. E é com muita alegria que damos mais um passo nessa história, reafirmando o compromisso do Estado com a preservação, a inovação e a criatividade”, disse.

Aumento de público e impacto

Desde 2020, o Circuito Liberdade compreende toda a região circunscrita pela Avenida do Contorno, berço histórico de Belo Horizonte. Em constante expansão, o complexo registrou crescimento expressivo de público: somente no primeiro semestre de 2025, mais de 3,7 milhões de pessoas participaram de atividades da rede um aumento de cerca de 70% em relação ao mesmo período de 2024.

Até setembro, os espaços integrantes promoveram mais de 17 mil atividades, a maioria, gratuitas, entre eventos presenciais e online. Os destaques da programação incluem a Virada da Liberdade, Ritos da Fé Mineira, Bitita – Festa da Palavra, Primavera dos Livros, Minas Junina e o espetáculo Alceu Valença Orquestra Ouro Preto, além da Semana do Patrimônio e da Primavera dos Museus.

Parceria com a iniciativa privada

O presidente da FCS, Sérgio Rodrigo Reis, destacou que o fortalecimento da rede cultural está diretamente ligado à participação da iniciativa privada e ao crescimento da economia criativa na capital mineira: “Essa nova fase do Circuito Liberdade dobra o número de espaços e amplia o alcance da economia criativa nesse processo colaborativo. O circuito fica muito mais completo, divertido e inserido no território de Belo Horizonte  uma cidade já reconhecida como uma das principais capitais brasileiras da cultura”.

Segundo ele, o Circuito já contabiliza 7,5 milhões de visitantes por ano, número que deve aumentar significativamente com a chegada dos novos integrantes: “É difícil dimensionar o impacto total, porque o circuito movimenta uma cadeia ampla restaurantes, transportes, comércio. Quando a pessoa sai de casa para assistir a um espetáculo, ela também ativa a economia da cidade. Com essa ampliação, a capacidade do circuito deve praticamente dobrar”.

Reis ressaltou ainda a importância de pensar a cultura como parte essencial do cotidiano urbano: “A gente sempre pensa nos investimentos em urbanismo, saúde ou educação, mas esquece que a cidade também precisa de alegria. E é isso que o Circuito Liberdade traz para Belo Horizonte”.

Novos integrantes ampliam a diversidade da rede

Com a adesão dos novos espaços, o Circuito Liberdade reforça seu papel como rede articuladora de cultura e conhecimento, impulsionando a ocupação dos espaços públicos e a circulação de público pela região central.

A iniciativa amplia a oferta cultural, fortalece o turismo e evidencia o potencial da economia criativa como vetor de desenvolvimento urbano e social, reafirmando Belo Horizonte como uma das capitais culturais mais vibrantes do país.

Entre os novos integrantes, estão o Instituto Cultural AbraPalavra/Escola Livre de Narração Artística Elena, a Casa Una, o Sesc Palladium e a Plataforma Verbo Gentileza. Com eles, o Circuito passa a contar com 56 equipamentos culturais, espalhados pelo hipercentro e arredores da Praça da Liberdade, consolidando-se como a maior rede cultural da América Latina.

O presidente da FCS, Sérgio Rodrigo Reis, explica que a expansão reforça o papel da rede como eixo de desenvolvimento cultural e econômico: “Essa ampliação inclui a economia criativa nesse grande processo colaborativo que integra o Circuito, que está no hipercentro de Belo Horizonte. Vai ter muito mais cultura, mais arte, mais alegria e isso mobiliza toda uma cadeia econômica, porque quando a pessoa sai de casa para assistir a um espetáculo, ela também movimenta restaurantes, transporte, comércio. É a cultura como motor da cidade”.

Palavra viva

O Instituto Cultural AbraPalavra, junto à Escola Livre de Narração Artística Elena, amplia o eixo da literatura dentro do Circuito. A instituição foi a primeira de Belo Horizonte a conquistar o Prêmio Jabuti na categoria Fomento à Leitura, em 2025 — reconhecimento à sua atuação na democratização do acesso ao livro e à palavra.

A presidente do instituto, Aline Cântia, celebra: “A Escola Elena é a primeira escola no Brasil dedicada à narração artística, gratuita e acessível. Pensamos a palavra escrita, declamada e narrada. Estar no Circuito, justo quando trazemos para Minas o Jabuti, tem um simbolismo enorme — porque essa categoria de fomento à leitura faz o livro sair da estante e circular pela cidade, pelas periferias, pelos lugares onde o livro deve e pode estar”.

O presidente da FCS complementa: “A entrada do AbraPalavra reforça o papel do Circuito como uma rede que integra cultura, conhecimento e criatividade. Não é só arte pela arte  é transformação social através da cultura”.

Cultura e educação lado a lado

A Casa Una, hub de inovação do Centro Universitário Una, aproxima cultura, educação e empreendedorismo criativo. O vice-reitor, Igor Leon, destaca.

“Para nós, é um motivo de muita felicidade o ingresso da Casa Una no Circuito Liberdade. A educação e a cultura caminham juntas. Temos cursos de cinema, moda, jornalismo e comunicação e queremos que a população de Belo Horizonte, turistas e escolas públicas também tenham acesso a essa vivência universitária. Integrar o Circuito é dar visibilidade a esse diálogo entre conhecimento e cultura”, afirma.

A fala ecoa com o discurso de Aline Cântia, que vê no encontro entre arte e educação o caminho para uma cidade mais leitora e participativa. “A leitura e a narração artística são também ferramentas de formação cidadã. Quando a escola se abre para a cultura, e a cultura dialoga com a educação, todo o território se fortalece.”

Cultura que pulsa no centro

O Sesc Palladium, tradicional espaço cultural na Rua Rio de Janeiro, passa a integrar o Circuito. O local é conhecido pela diversidade de espetáculos, estúdio audiovisual, coworking e atividades artísticas acessíveis a diferentes públicos.

O coordenador de programas sociais, Diogo Horta, enfatiza que "pertencer ao Circuito Liberdade é uma oportunidade de sermos mais vistos, de integrar um ecossistema que fortalece a mobilização de público e a cultura em Minas Gerais". "Juntos, conseguimos fazer com que mais gente viva a arte de perto, todos os dias”, complementa.

A Plataforma Verbo Gentileza, idealizada por Patrícia Tavares, chega ao Circuito com a proposta de ampliar o diálogo entre cultura, sustentabilidade e bem-estar.

“A gente nasceu com o propósito de inspirar e conectar pessoas e projetos que cuidam. Entrar para o Circuito Liberdade é um marco, porque amplia nossa rede. Já trabalhamos com arte, saúde mental e social, sustentabilidade e mobilização urbana. Agora, fazemos parte de uma rede ainda maior, que acredita no poder da cultura para transformar o modo de viver nas cidades”, comenta Patrícia.

Uma cidade em movimento

A nova fase do Circuito Liberdade reafirma Belo Horizonte como uma cidade criativa, onde cultura, educação e inovação se entrelaçam no cotidiano. Essa integração reflete também o potencial da economia criativa, modelo que une criatividade, cultura e tecnologia para gerar valor econômico, social e cultural. Baseada em capital intelectual e inovação, a economia criativa cria bens e serviços únicos em setores como design, moda, música, cinema, artes, tecnologia e mídia, estimulando geração de renda, empregos, desenvolvimento humano e diversidade cultural.

“A gente pensa nos investimentos em urbanismo, saúde e educação, mas às vezes esquece que a cidade precisa de alegria e é isso que a cultura traz”, conclui Sérgio Rodrigo Reis, presidente da FCS.

Como integrar a rede do Circuito Liberdade?

Requisitos para adesão:

  • Atuação no setor cultural: declarar formalmente sua atuação nas áreas de cultura, arte ou criatividade.

  • Justificativa de interesse: apresentar como a missão, atuação e atividades da instituição se alinham aos princípios e objetivos do Circuito Liberdade.

  • Localização: comprovar que a sede ou filial a ser qualificada está dentro do perímetro da Avenida do Contorno, conforme o art. 2º § 1º do Decreto nº 48.074/2020.

  • Acesso e inclusão: comprometer-se a oferecer atividades gratuitas ou com condições de acesso para diferentes faixas socioeconômicas e/ou com recursos de acessibilidade para pessoas com deficiência.

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Novos integrantes

  • Café com Letras

  • Casa Gamela Criativa

  • Casa Rosada Gasmig Minas

  • Casa Una

  • Centro de Memória da Faculdade Ciências Médicas

  • Clube de Jazz

  • Colégio Arnaldo

  • Delegacia de Eventos e de Proteção ao Turista (Casa Amarela)

  • Elena - Escola Livre de Estudos da Narração Artística

  • ESMU - Escola de Música UEMG

  • Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais

  • Memória do Judiciário Mineiro

  • Mercado Novo

  • Mitre Galeria

  • Museu da Força Expedicionária Brasileira

  • P7 Criativo

  • Plataforma Verbo Gentileza

  • PUC Minas Lourdes

  • SESC Mercado das Flores

  • SESC Palladium

  • Teatro da Cidade 

*Estagiária sob supervisão do subeditor Thiago Prata

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