SEM RESPOSTAS

Caso Alice: pai segue sem saber o andamento das investigações

Alice Martins Alves, foi vítima de um ataque brutal na Savassi, Região Centro-Sul de BH. O pai, Edson Alves ainda não teve respostas sobre as apurações

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O pai de Alice Martins Alves morta após ser espancada por um homem na Savassi, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, em 23 de outubro, ainda não teve notícias sobre o andamento da investigação que apura as circunstâncias do ataque. As informações foram repassadas à reportagem por Edson Alves Pereira na manhã desta quarta-feira (12/11). Alice morreu no último domingo (9/11), quatro dias depois que registrou a ocorrência relatando o ataque.

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Na tarde dessa terça-feira (11/11), comerciantes de estabelecimentos localizados no cruzamento entre as avenidas Getúlio Vargas e Contorno, onde o crime aconteceu, relataram ao Estado de Minas, que investigadores da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) estiveram no local procurando imagens de câmeras de segurança.

O proprietário de um estabelecimento, que não será identificado, afirmou que foi procurado pela corporação, mas, até o início da noite dessa terça, os policiais não haviam retornado para arrecadar as imagens. Em outro local, os funcionários disseram que as gravações só ficam disponíveis por dez dias.

Na segunda-feira (10/11), durante o sepultamento de Alice, seu pai contou que depois que soube que a filha foi agredida esteve no local, tentou imagens de câmera de segurança, mas ninguém o ajudou. O desabafo de Edson explicitou sua indignação pela perda da filha, com quem morava e considerava sua grande amiga.

O homem ainda disse que foi procurado por um investigador do núcleo de feminicídio, mas não recebeu nenhuma atualização das investigações. Ele ainda afirmou que antes da filha registrar o boletim de ocorrência, chegou a ligar no 181, onde foi bem atendido, mas não recebeu um retorno sobre para onde o caso seria encaminhado.

A reportagem procurou a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) para saber como está o andamento das investigações. Em nota, a corporação afirmou, apenas, que o inquérito está em andamento no Núcleo Especializado de Investigação de Feminicídios (Neif), do Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Como foi o ataque

Na madrugada de 23 de outubro, Alice foi atacada por um homem, acompanhado de outros dois que riam e zombavam da violência. Segundo o boletim de ocorrência, registrado pela própria vítima em 5 de novembro, o agressor era alto, branco, de cabelos castanhos escuros ou pretos, vestia calça jeans e blusa preta. A mulher afirmou não conhecer o homem e relatou que a agressão foi inesperada e sem motivo aparente, o que caracteriza um ato de transfobia.

Após a agressão, Alice perdeu a consciência e foi socorrida pelo Samu, sendo encaminhada para a UPA Centro-Sul. Durante a madrugada, Edson contou que acordou e foi ver a filha. Ao abrir a porta do quarto ela disse: “Pai, olha o que fizeram comigo”. Em 2 de novembro, ela foi levada de ambulância para o Pronto Atendimento da Unimed Contagem, onde exames apontaram fraturas nas costelas, cortes no nariz e desvio de septo. Segundo o pai, ela passou os dias seguintes debilitada e com dores abdominais intensas.

“Depois que ela voltou para a casa foi só luta. Ela começou a vomitar, não conseguia se alimentar, perdeu 13 quilos. Estava muito fraca e com muita dor”, comentou.

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No sábado (8/11), os médicos diagnosticaram uma perfuração no intestino, possivelmente causada por uma das costelas quebradas ou, segundo suspeita do pai, agravada pelo uso de anti-inflamatórios após a agressão. Alice foi submetida a uma cirurgia de emergência, mas não resistiu à infecção generalizada.

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