Avenida de Bryansk, na Rússia        
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Avenida de Bryansk, na Rússia

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Uma adolescente de 14 anos abriu fogo nesta quinta-feira em uma escola na região sudoeste da Rússia, matou uma colega e feriu outras cinco pessoas, antes de cometer suicídio, anunciaram as autoridades locais.

"Uma jovem de 14 anos levou uma espingarda para a escola, que usou para atirar em seus colegas. Duas pessoas morreram - uma delas a atiradora - e há cinco feridos", afirmou o Comitê de Investigação em um comunicado.

As autoridades informaram que a vítima fatal era uma colega de turma na escola do Ensino Médio na periferia da cidade de Briansk.

"A motivação do crime e todas as circunstâncias estão sendo apuradas", destacou o comitê, que investiga crimes graves.

Os feridos foram levados para hospitais da região.

O governador de Briansk, Alexander Bogomaz, afirmou que os cinco são alunos da escola. Dois sofreram ferimentos leves e três sofreram lesões de gravidade média.

"Meus sinceros pêsames aos pais da jovem assassinada pela atiradora. É uma perda insubstituível. As famílias da menina assassinada e dos feridos receberão toda a ajuda necessária", declarou Bogomaz.

- Pai interrogado -

O ataque aconteceu na escola número 5 de Briansk, uma cidade próxima da fronteira com a Ucrânia que é alvo ocasional de bombardeios e ataques de drones de Kiev.

A agência estatal Tass informou que o pai da atiradora estava sendo interrogado pelos investigadores. Eles "tentam descobrir como a arma estava guardada em casa, como a menina poderia ter conseguido a arma e se (o pai) ensinou a jovem a atirar", declarou uma fonte das forças de segurança.

Antes considerados raros, os tiroteios fatais se tornaram relativamente frequentes na Rússia nos últimos anos. Em resposta, as autoridades aprovaram uma legislação mais rigorosa sobre a posse de armas, que já eram muito restritiva.

Em setembro do ano passado, um homem armado matou 18 pessoas em uma escola na cidade de Izhevsk, oeste do país.

Em 2021, um atirador de 19 anos matou nove pessoas em uma escola da cidade de Kazan (sudoeste).

No mesmo ano, um adolescente matou seis pessoas a tiros em uma universidade na cidade de Perm, perto dos Montes Urais.

O tiroteio com o maior número de vítimas aconteceu em outubro de 2018, quando um estudante do Ensino Médio matou 19 pessoas e cometeu suicídio em um colégio de Kerch, na península ucraniana da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014.

O presidente russo, Vladimir Putin, expressou preocupação com o aumento dos tiroteios, que ele considera um fenômeno importado dos Estados Unidos e um efeito perverso da globalização