O papa Francisco exortou a comunidade internacional, neste domingo (17), a oferecer uma "resposta humanitária" aos milhares de migrantes que se veem obrigados a atravessar a perigosa selva do Darién, entre Colômbia e Panamá, em sua marcha para os Estados Unidos.
"Hoje, quero recordar os milhares de migrantes que tentam cruzar a selva do Darién entre Colômbia e Panamá", disse o pontífice argentino, depois de rezar o Ângelus.
"Com frequência, são famílias com crianças que se aventuram por caminhos perigosos, enganadas por quem lhes promete falsamente uma rota curta e segura, maltratadas e roubadas", continuou o jesuíta, que hoje completou 87 anos.
Em seguida, Francisco fez um apelo para que se encontre uma "resposta humanitária" e pediu "um esforço conjunto dos países mais diretamente afetados e da comunidade internacional para evitar que essa trágica realidade passe despercebida'.
Mais de meio milhão de migrantes cruzaram a inóspita selva do Darién desde o início do ano, um número recorde que duplica os registros de 2022 inteiro, informou o ministro da Segurança do Panamá, Juan Manuel Pino, à AFP, no começo de dezembro.
A fronteira natural do Darién, que separa a Colômbia do Panamá, tem 266 km de extensão e uma área de 575.000 hectares. Essa região se tornou um dos corredores mais perigosos para os migrantes que, da América do Sul, tentam chegar aos Estados Unidos através da América Central e do México. Além dos obstáculos naturais, os migrantes que realizaram a viagem relataram roubos, sequestros e estupros.
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