A China ameaçou, nesta segunda-feira (18), com políticas de retaliação as empresas que venderem armas a Taiwan, após um acordo de US$ 300 milhões (R$ 1,4 bilhões na cotação atual) firmado com os Estados Unidos para reforçar a defesa da ilha reivindicada por Pequim.

Washington anunciou na sexta-feira (18) que passava a autorizar a venda de equipamentos militares de defesa a Taiwan, que vive sob ameaça de uma invasão da China.

A decisão foi anunciada a um mês das eleições presidenciais em Taiwan, que é considerada uma província por Pequim.

"Tomaremos medidas retaliatórias contra as empresas envolvidas na venda de armas a Taiwan", declarou Wang Wenbin, porta-voz do ministério das Relações Exteriores da China, sem especificar quais tipos de ações ou quais companhias seriam afetadas.

"A China tomará medidas firmes e enérgicas para defender sua soberania e sua integridade territorial", acrescentou.

As autoridades chinesas multiplicaram advertências contra qualquer decisão de Washington que possa parecer um apoio à independência formal da ilha.

Taiwan, onde vivem 23 milhões de habitantes, é considerada pela China como uma província rebelde a qual ainda não conseguiu reunificar ao seu território desde o fim da guerra civil em 1949.

Em setembro, Pequim impôs sanções às gigantes americanas da indústria de defesa Lockheed Martin e Northrop Grumma por venderem armas à nação insular.

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