O grupo Monsanto, filial da gigante alemã Bayer, foi condenado na segunda-feira (18) a pagar 857 milhões de dólares (4,1 bilhões de reais) por perdas e danos a sete pessoas expostas a produtos químicos chamados de "eternos" em uma escola no estado de Washington.

A empresa anunciou que pretende apresentar um recurso contra a decisão, como já fez em outros casos relacionados com a escola Sky Valley Education Center, na cidade de Monroe.

Cinco ex-alunos e pais de alunos processaram a Monsanto em um tribunal do condado de King, alegando que sua exposição a produtos químicos conhecidos como bifenilos policlorados (PCB), presentes nas lâmpadas, provocou problemas de saúde.

As pessoas expostas podem sofrer irritação respiratória e os cientistas afirmam que estes produtos químicos podem contribuir para alguns tipos de câncer.

O grupo "nunca advertiu ninguém que (os PCBs) durariam mais que qualquer coisa em que fossem aplicados", disse Felix Luna, advogado dos demandantes.

A empresa "nunca alertou ninguém que, quando entram no corpo, (os PCBs) são metabólitos para o resto da vida, que são neurotóxicos... um perigo, ou que os PCBs podem levar ao envenenamento sistêmico"

O grupo agroquímico enfrenta outras ações jurídicas relacionadas aos efeitos dos PCBs.

Em várias ocasiões, o grupo Monsanto insistiu que interrompeu em 1977 a produção de químicos PCBs, utilizados principalmente para refrigerar, lubrificar e para prevenir incêndios.

Comprada em 2018 pela Bayer por 63 bilhões de dólares, a empresa também foi condenada diversas vezes a indenizar pessoas expostas ao herbicida Roundup, derivado do glifosato.

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