A República Democrática do Congo (RDC) celebra nesta quarta-feira (20) eleições gerais de alto risco, nas quais o atual presidente, Félix Tshisekedi, enfrenta uma oposição fragmentada, em um clima político e de segurança muito tenso.
Os centros de votação abriram às 6H00 (1H00 de Brasília) e devem fechar às 17H00 (12H00 de Brasília), mas atrasos foram observados em diversos pontos.
"Eu cheguei às 4H00, são 6H00 e ainda não começou. Eles não respeitam as regras", reclamou Muhigo Rutigo, 75 anos, do lado de fora de um local de votação em Zanner, no centro de Goma, capital da província de Kivu do Norte.
Quase 44 milhões de pessoas estão registradas para votar nas eleições presidenciais deste país de 100 milhões de habitantes. Também serão eleitos parlamentares nacionais e provinciais.
Na eleição de apenas um turno, o presidente Tshisekedi, de 60 anos e no poder desde 2019, aspira um segundo mandato em uma disputa contra 18 candidatos.
Ele reconhece que seu legado é díspar, mas pede mais cinco anos no poder para "consolidar as conquistas".
A campanha foi ofuscada pela situação da segurança no leste do país, onde a violência de grupos armados iniciada em meados da década de 1990 atingiu o ponto de maior tensão nos últimos dois anos, com o avanço da rebelião M23, apoiada por Ruanda.
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