O Exército israelense afirmou, nesta quarta-feira (20), ter descoberto uma rede de túneis na Faixa de Gaza utilizada por dirigentes do Hamas, inclusive os que planejaram o ataque brutal de 7 de outubro.
As Forças de Defesa de Israel mostraram imagens "de uma ampla rede de túneis" que, segundo elas, "conectam esconderijos de terroristas com escritórios e residências que pertencem a altos dirigentes do Hamas".
Peter Lerner, porta-voz do Exército israelense, disse em declarações aos jornalistas que esses túneis eram utilizados pelos principais dirigentes da organização islamista palestina, como Ismail Haniyeh, Yahya Sinwar e Mohammed Deif.
Israel acusa Sinwar e Deif de terem planejado os ataques sem precedentes de 7 de outubro.
Segundo o Exército israelense, essa rede de túneis "serviu para conectar infraestruturas subterrâneas na área dos hospitais de Al Rantisi e de Al Shifa", onde as tropas de Israel efetuaram uma polêmica incursão noturna em 15 de novembro.
O Hamas construiu em Gaza uma rede de 1.300 túneis, com 500 quilômetros de extensão, para evitar o bloqueio que Israel impôs no território desde 2007, segundo uma estimativa do Instituto de Guerra Moderna da Academia Militar de West Point dos Estados Unidos.
A destruição destes túneis é um dos objetivos de Israel em sua ofensiva militar em Gaza, com a qual pretende "eliminar" a organização palestina.
Cerca de 20.000 pessoas morreram em Gaza desde o início da ofensiva israelense, enquanto 1.140 perderam suas vidas nos ataques do Hamas de 7 de outubro em Israel que precederam os bombardeios, segundo informações das respectivas autoridades.
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