O Ministério Público do Suriname informou, nesta quinta-feira (21), que "executará a sentença" de 20 anos de prisão contra o ex-presidente Desi Bouterse, depois que um tribunal superior confirmou sua condenação pelo assassinato de 15 opositores em 1982.

"O Ministério Público agora procederá à execução da sentença e, para tanto, consultará os condenados e/ou seus advogados para determinar o dia e a data da execução da pena imposta", afirmou o órgão em um comunicado.

A decisão de um tribunal superior sobre um recurso do ex-presidente de 78 anos encerrou uma longa saga judicial.

Bouterse apelou de uma sentença de um tribunal de primeira instância imposta em 2019 pela execução em dezembro de 1982 de advogados, jornalistas, empresários e militares presos, dois anos após tomar o poder em um golpe de Estado.

Autor de dois golpes de Estado em 1980 e 1990, Bouterse foi eleito presidente do Suriname em 2010 e permaneceu no poder até 2020. Atualmente, ele mantém uma alta popularidade, especialmente entre as classes mais pobres.

Bouterse respondeu em liberdade a este recurso que começou em julho de 2022 e que ele chamou de "julgamento político".

A Interpol emitiu um mandado de prisão contra ele depois que foi condenado a 11 anos de prisão em 1999 nos Países Baixos por tráfico de cocaína. Sua condição de presidente no momento da sentença evitou sua extradição.

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