Mais de 20 países se juntaram à coalizão liderada pelos Estados Unidos para proteger a navegação no Mar Vermelho dos ataques dos rebeldes huthis do Iêmen, informou o Pentágono nesta quinta-feira (21).

Os huthis, apoiados pelo Irã, têm realizado ataques a navios nesta rota marítima vital, ações que os rebeldes alegam fazer em apoio aos palestinos em Gaza, onde Israel trava uma guerra contra os militantes do Hamas.

"Temos mais de 20 nações inscritas para participar" na coalizão, disse aos jornalistas o porta-voz do Pentágono, o major-general Pat Ryder.

Ryder disse que os huthis estão "atacando o bem-estar da economia e a prosperidade das nações ao redor do mundo", tornando-se de fato "bandidos ao longo da rota internacional que é o Mar Vermelho".

As forças da coalizão "servirão como uma espécie de 'polícia rodoviária', patrulhando o Mar Vermelho e o golfo de Áden para responder - e assistir se for necessário - navios comerciais que transitam por esta vital via marítima internacional", disse, ao instar os huthis a cessarem seus ataques.

A mais recente escalada do conflito entre Israel e Hamas começou quando o grupo palestino realizou um ataque brutal em 7 de outubro, que matou cerca de 1.140 pessoas em Israel, de acordo com uma contagem da AFP baseado em cifras israelenses.

Em busca da destruição do Hamas, Israel iniciou uma campanha de bombardeios incessantes sobre alvos em Gaza, seguida por uma invasão terrestre da Faixa, que, segundo informou ontem o governo do Hamas nesse território, causaram a morte de pelo menos 20.000 pessoas.

Estas mortes geraram uma onda de indignação no Oriente Médio e provocaram ataques de grupos armados na região, incluindo as ações dos huthis contra navios no Mar Vermelho.

Os Estados Unidos anunciaram a criação desta coalizão internacional para o Mar Vermelho na segunda-feira e os huthis advertiram, dois dias depois, que responderiam em caso de ataque.

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