A torcida organizada do Liverpool "Spirit of Shankly" declarou que "não há nada a acrescentar" às críticas de Jürgen Klopp à falta de clima de paixão em Anfield, apontando para o preço dos ingressos, altos demais para os jovens torcedores que desejam ir ao estádio.
O treinador dos 'Reds' se queixou esta semana do ambiente em Anfield contra o West Ham pela Copa da Liga (5-1). Pedindo apoio ativo das arquibancadas durante o jogo em casa contra o Arsenal, líder da Premier League, no sábado, Klopp acrescentou: "Se há muito futebol em dezembro, se vocês não estiverem em forma, deem seus ingressos para outra pessoa".
A "Spirit of Shankly" também está preocupada com a queda da paixão em Anfield e afirma ter iniciado negociações com o clube para remediar esta situação.
“Não temos nada contra Jurgen Klopp apontar os problemas ligados ao clima em Anfield ou a ausência dele em determinados momentos”, declarou o grupo em um comunicado publicado nesta sexta-feira.
O grupo de torcedores, cujo nome é uma homenagem a Bill Shankly, lendário treinador do clube nas décadas de 1960 e 1970, insiste na importância do ambiente que reina no 'templo' dos Reds.
"Não é por acaso que times rivais, treinadores e torcedores falam sobre o 'efeito Anfield'", diz ele. "Todos sabemos até que ponto nossos torcedores podem intimidar times importantes".
Estes torcedores defendem que uma das razões da situação atual é a política de venda de ingressos adotada pelo clube. Com "os preços dos ingressos fora de alcance", o público do estádio muda, com lugares reservados pelas empresas em detrimento dos jovens torcedores que não têm meios para se deslocarem até o estádio.
"Também estamos preocupados com a falta de oportunidades para os jovens torcedores possam ir ao estádio, se contagiarem com a paixão e preservarem esta cultura do Kop que existe há décadas", acrescentam os integrantes da Spirit of Shankly, cujas preocupações são partilhadas por inúmeras associações de torcedores dentro e fora da Premier League.
Por outro lado, Klopp falou nesta sexta-feira sobre a decisão da véspera do Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE) sobre a Superliga, projeto que o alemão desaprova "100%".
O treinador destacou que, no entanto, não vê com maus olhos o aviso recebido pela Uefa e pela Fifa, de que "não podem fazer o que quiserem”.
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