Dez rebeldes huthis do Iêmen morreram, neste domingo (31), no Mar Vermelho, depois que o Exército americano afirmou ter afundado três de seus barcos em resposta aos ataques contra um navio de carga de uma companhia transportadora dinamarquesa.
O porta-voz dos rebeldes iemenitas, Yahya Saree, informou na rede social X (antigo Twitter) que dez de seus integrantes morreram em "um ataque das forças do inimigo americano contra três barcos das forças navais iemenitas".
O ataque provocou "a morte e o desaparecimento de dez efetivos das forças navais", acrescentou.
Uma fonte portuária informou anteriormente que "dez rebeldes morreram e outros dois ficaram feridos no ataque americano contra embarcações huthis que tentavam interceptar um barco no mar em frente a Hodeida", no Iêmen.
Os feridos foram resgatados e levados ao hospital, e outros quatro sobreviveram, segundo fontes portuárias, que falaram à AFP sob a condição do anonimato.
O Exército americano informou ter afundado três embarcações dos rebeldes huthis, que tinham atacado um navio de carga da Maersk no Mar Vermelho.
Depois que os huthis atiraram contra helicópteros americanos, estes "responderam em legítima defesa, afundando três dos quatro pequenos navios, e matando a tripulação", informou o Comando Central dos Estados Unidos no Oriente Médio (Centcom) em um comunicado, destacando que um quarto barco "fugiu da área".
A Marinha americana, informou a fonte, respondeu a um pedido de assistência do "Maersk Hangzhou", um cargueiro com bandeira de Singapura, pertencente à Dinamarca e operado por esse país, que disse ter sido atacado pela segunda vez em 24 horas enquanto navegava pelo Mar Vermelho.
O navio já tinha sido alvo de dois mísseis disparados a partir do território iemenita, controlado pelos huthis, que o Exército americano derrubou.
Desde que teve início o conflito entre Israel e Hamas, após o ataque mortal realizado pelo movimento islamista palestino ao território israelense em 7 de outubro, os huthis atacaram embarcações no Mar Vermelho em várias ocasiões, e afirmaram que o fazem em apoio aos palestinos em Gaza.
Estes ataques, que ocorrem em uma importante via de tráfego comercial, levaram os Estados Unidos a ativarem no começo do mês uma força naval multinacional para proteger os navios que navegam pelo Mar Vermelho.
Logo após o anúncio dos Estados Unidos, a companhia dinamarquesa Maersk informou que suspenderia o tráfego de seus navios pelo Mar Vermelho por 48 horas.