O político pró-UE Donald Tusk prestou juramento nesta quarta-feira (13) como novo primeiro-ministro da Polônia, encerrando oficialmente os oito anos de governo nacionalista de tendência populista.

Os ministros do novo governo tomaram posse diante do presidente conservador Andrjez Duda, aliado do Executivo anterior do Partido Lei e Justiça (PiS).

Tusk, que foi primeiro-ministro de 2007 a 2014, prometeu restabelecer a posição da Polônia dentro da União Europeia (UE), após as relações tensas do Executivo anterior com Bruxelas.

O ex-presidente do Conselho Europeu (2014-2019) também afirmou que a ajuda à Ucrânia, devastada pela guerra, será uma prioridade de seu governo. 

O novo gabinete de Tusk inclui Radoslaw Sikorski como ministro das Relações Exteriores - cargo que ele já havia ocupado - e Adam Bodnar como ministro da Justiça.

O PiS conquistou o maior número de deputados nas eleições gerais de outubro, mas fracassou nas negociações para estabelecer uma coalizão viável e assegurar o apoio para um governo minoritário.

A Coalizão Cívica de Tusk foi a segunda mais votada nas eleições, mas conseguiu estabelecer uma aliança com dois pequenos grupos pró-Europa da oposição, a Terceira Via e a Esquerda, o que rendeu apoio suficiente para fastar o PiS do poder.

O novo governo provavelmente enfrentará batalhas diárias com os legisladores do PiS. Além disso, o partido ainda mantém aliados na presidência, no Banco Central e no Supremo Tribunal, assim como em diversas instituições judiciais e financeiras estatais.

O presidente Duda, que tem mandato até 2025, poderia utilizar seu direito de veto para barrar os projetos de lei do novo governo.

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