A Finlândia assinou, nesta segunda-feira (18), um acordo para reforçar a cooperação militar com os Estados Unidos, um dia após uma advertência do presidente russo, Vladimir Putin, em resposta à entrada do país escandinavo na Otan este ano.

Segundo o ministro da Defesa finlandês, Antti Hakkanen, este acordo é um "forte sinal do compromisso dos Estados Unidos com a defesa da Finlândia e de todo o norte da Europa".

"Não esperamos que os Estados Unidos cuidem da defesa da Finlândia. Continuamos investindo em nossa defesa", afirmou. "Entretanto, este acordo melhora significativamente nossa capacidade de atuar juntos em todas as situações", acrescentou.

O país escandinavo adiou a adesão formal à Organização do Tratado do Atlântico Norte durante décadas por medo de criar tensões com seu vizinho, mas mudou de ideia após a ofensiva russa na Ucrânia.

Em uma entrevista à televisão estatal divulgada no domingo (17), Putin acusou o Ocidente de ter "arrastado" a Finlândia à Otan e afirmou que a Rússia já resolveu há muito tempo as disputas do século XX com Helsinque, mas a adesão criará "problemas" onde "não havia".

Putin anunciou a criação de um novo distrito militar russo perto do país europeu, com o qual a Rússia compartilha uma fronteira de 1.340 km.

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, declarou que a Finlândia "sabe quase melhor do que ninguém o que está em jogo para a Ucrânia".

Em 1939, os finlandeses também enfrentaram uma invasão russa", disse Blinken. "A sua história é também um lembrete da razão pela qual é tão importante que todos continuemos a apoiar a Ucrânia", disse ele. 

O secretário americano e a sua homóloga finlandesa, Elina Valtonen, apoiaram mais uma vez a entrada da Suécia na Otan, que apresentou a sua candidatura juntamente com a Finlândia, mas enfrenta oposição da Turquia.

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