O rapper americano Kanye West pediu desculpas à comunidade judaica nesta terça-feira (26), após uma série de comentários antissemitas que causaram indignação e levaram o astro a perder acordos comerciais lucrativos e ser banido das redes sociais.
A razão para o momento da retratação não ficou clara - os episódios mais notáveis de West ocorreram há mais de um ano - embora seu próximo álbum, "Vultures", esteja programado para ser lançado em duas semanas.
"Peço sinceras desculpas à comunidade judaica por qualquer rompante não intencional causado por minhas palavras ou ações. Não era minha intenção ferir ou desrespeitar, e lamento profundamente qualquer dor que possa ter causado", disse ele em um comunicado escrito em hebraico em sua página do Instagram.
"Estou comprometido em começar por mim mesmo e aprender com essa experiência para garantir uma maior sensibilidade e compreensão no futuro."
Vários dos comentários da publicação reclamavam do fato de que o texto estava em hebraico, que relativamente poucas pessoas podem ler.
West, que agora se apresenta profissionalmente como Ye, chocou e alarmou fãs com uma série de ameaças contra pessoas judias, o que levou a gigante de roupas esportivas Adidas e outras marcas a dispensá-lo e o fez ter suas contas suspensas na maioria das plataformas de mídia social.
O ex-titã da moda e música de 46 anos fez declarações de "amor" pelos nazistas e expressou sua admiração por Adolf Hitler.
A retratação de West ocorre em um momento de crescente preocupação nos Estados Unidos em relação à normalização do discurso antissemita, cada vez mais cooptado por uma parcela supremacista branca que foi encorajada durante a presidência de Donald Trump.
A Liga Antidifamação recebeu bem o pedido de desculpas, mas observou que West causou "danos incalculáveis" ao usar sua grande influência para "envenenar inúmeras mentes com um cruel antissemitismo e ódio".
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