O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou, nesta quinta-feira (28), que aplicou sanções contra uma rede envolvida no financiamento do crescente número de ataques dos rebeldes huthis do Iêmen contra o transporte marítimo internacional no Mar Vermelho.
Em um comunicado, o Tesouro americano informou que havia sancionado o presidente da Associação de Agentes de Câmbio da capital iemenita, Sanaã, juntamente a três casas de câmbio no Iêmen e Turquia responsáveis por "facilitar o fluxo de assistência financeira iraniana" aos huthis.
"A ação de hoje ressalta a nossa determinação de restringir o fluxo ilícito de fundos para os huthis, que continuam realizando ataques perigosos contra o transporte marítimo internacional e correm o risco de desestabilizar ainda mais a região", expressou em um comunicado o subsecretário do Tesouro para Terrorismo e Inteligência Financeira, Brian Nelson.
O grupo apoiado pelo Irã, que controla o norte do Iêmen desde 2014, realizou uma série de ataques contra navios cargueiros na região utilizando drones e mísseis pouco depois do início do conflito entre Israel e o grupo islamista palestino Hamas em outubro, o que obrigou estas embarcações a evitar o Canal de Suez, uma das rotas marítimas mais movimentadas do mundo.
Em resposta, os Estados Unidos anunciaram a formação de uma coalizão internacional para proteger os navios que passam pelo Mar Vermelho, alegando que teria sido uma tentativa de garantir a liberdade da navegação através de uma movimentada via navegável.
Segundo o Tesouro, as sanções facilitaram a transferência de "milhões de dólares" aos huthis sob a direção de Sa'id al-Jamal, um grupo associado à Guarda Revolucionária, o exército ideológico do Irã. Diferentemente dos rebeldes iemenitas, as forças militares da Guarda são classificadas pelos EUA como uma organização terrorista internacional.
Na terça-feira, o Pentágono informou que o Exército americano derrubou uma dúzia de drones e cinco mísseis lançados pelos huthis contra embarcações no Mar Vermelho.
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