O primeiro-ministro da Ucrânia, Denys Shmygal, afirmou nesta quarta-feira (3) que espera que seus aliados no Ocidente forneçam ajuda financeira de forma estável e estimou que a economia ucraniana precisa de mais de US$ 37 bilhões para se manter viva ante confrontos com a Rússia.

"Este ano são necessários mais de US$ 37 bilhões (quase R$ 181 bilhões na cotação atual). Contamos com a ajuda constante, estável e pontual dos nossos parceiros", declarou Denys Shmygal na primeira reunião de gabinete de 2024, após a Rússia ter intensificado seus ataques nos últimos dias.

Kiev, que luta contra uma invasão russa desde fevereiro de 2022, recebeu US$ 42,6 bilhões (R$ 208 bilhões) em financiamento externo no ano passado, dos quais 27% foram doações, disse o premiê.

Os principais apoiadores foram a União Europeia (UE), os Estados Unidos, Japão, Canadá, Reino Unido, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial.

Em 2023, o governo ucraniano estimou que precisava de US$ 41 bilhões (R$ 200,5 bilhões) em financiamento de seus aliados e de organizações multilaterais internacionais para manter a economia funcionando.

As novas promessas de ajuda à Ucrânia por parte das potências ocidentais diminuíram significativamente e atingiram o nível mais baixo desde o início da invasão russa, afirmou o centro de investigação alemão Kiel Institute, em um relatório publicado em dezembro.

Um montante de 50 bilhões de euros (R$ 267 bilhões) prometido pela UE está bloqueado pelo menos até a próxima cúpula em fevereiro, devido à falta de consenso. E a entrega de um novo pacote de ajuda dos Estados Unidos continua em debate no Congresso, diante da oposição de vários setores do Partido Republicano.

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