Os iranianos comparecem, nesta sexta-feira (5) em Kerman (sul), aos funerais das 89 vítimas do ataque explosivo de quarta-feira perto do túmulo do general Qassem Soleimani, reivindicado pelo grupo Estado Islâmico (EI), anunciou a imprensa oficial.

O ataque - duas explosões com intervalo de 15 minutos - ocorreu perto da mesquita Saheb al Zaman, em Kerman, onde está o túmulo do general Soleimani, responsável pelas operações militares iranianas no Oriente Médio. Ele foi assassinado pelos Estados Unidos no Iraque em 3 de janeiro de 2020. 

O ministro iraniano do Interior, Ahmad Vahidi, disse na televisão nesta sexta-feira que os serviços de Inteligência do país detiveram "certos indivíduos envolvidos" no ataque, sem dar mais detalhes.

O funeral começou por volta do meio-dia no pátio da mesquita Emam Ali, onde uma multidão se reuniu em frente a dezenas de caixões envoltos em bandeiras iranianas, segundo imagens transmitidas pela televisão estatal. 

Participaram da cerimônia o presidente iraniano, Ebrahim Raisi, e o general Hossein Salami, chefe da Guarda Revolucionária, um braço das Forças Armadas da República Islâmica.

Em um discurso, Raisi afirmou que o EI, que na quinta-feira reivindicou a responsabilidade pelo ataque, foi "treinado" por Israel, o grande inimigo do Irã. 

"Saibam que a iniciativa é nossa. O local e a hora (para responder ao ataque de Kerman) serão determinados pelas nossas forças", alertou. 

O grupo EI "desapareceu" e "agora só pode agir como mercenário da política sionista e americana", acusou o general Salami.

O número de mortos no ataque subiu para 89, incluindo mulheres e crianças, após a morte de cinco feridos, anunciou a televisão estatal nesta sexta-feira.

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