O Parlamento norueguês autorizou, nesta terça-feira (9), a prospecção mineira dos fundos marinhos do país nórdico, apesar dos alertas de organizações ecologistas e de cientistas sobre os impactos ambientais incertos dessas atividades.
A proposta, aprovada por 80 votos a favor e 20 contra, abre para exploração cerca de 280.000 km² de fundos marinhos, principalmente no Ártico.
A eventual explotação desses fundos deve ser submetida a outra votação no Legislativo.
Os manifestantes reuniram-se em frente ao Parlamento para expressar seu descontentamento.
"É uma vergonha, porque a Noruega corre o risco de abrir um precedente", que permitirá "outros países a fazer o mesmo", lamentou Frode Pleym, chefe da filial norueguesa do Greenpeace, presente na manifestação.
Atualmente, há poucos dados sobre os riscos ambientais de tal prospecção.
A Noruega espera, ao abrir seus fundos marinhos, se tornar um grande produtor mundial de minerais, o que permitirá realizar sua transição energética.
A plataforma continental do país contém, segundo as estimativas das autoridades, reservas provavelmente muito importantes de minerais, incluindo cobre, cobalto, zinco e terras raras, úteis na composição de baterias, turbinas eólicas, computadores e celulares.
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