O secretário de Estado americano, Antony Blinken, afirmou nesta quinta-feira (11), no Cairo, que "a melhor forma de isolar o Irã e seus aliados" é uma aproximação entre Israel e os países árabes, que em sua maioria não o reconhecem. 

"A segurança e a integração [regional] de Israel estão ligadas ao fato de abrir o caminho para um Estado palestino", acrescentou o secretário, na última etapa de sua viagem ao Oriente Médio para evitar a propagação do conflito de Gaza. 

A aproximação árabe-israelense nos permite isolar Teerã "e seus aliados que causam tantos danos [aos Estados Unidos] e a quase todo o mundo na região", disse ele, referindo-se aos ataques dos rebeldes huthis do Iêmen, apoiados pelo Irã, contra navios no Mar Vermelho. 

"Acredito que essa visão esteja muito clara para muitos líderes" no Oriente Médio, insistiu. 

Em 2020, três países árabes - Bahrein, Emirados Árabes Unidos e Marrocos - assinaram acordos com Israel, na esteira de Egito e Jordânia, em 1979 e 1994, respectivamente.

A guerra que assola a Faixa de Gaza, após o letal ataque do movimento islamista palestino Hamas, em 7 de outubro, interrompeu um processo parecido iniciado pela Arábia Saudita. 

"O conflito deve cessar para que a situação evolua", frisou Blinken. 

Desde o ataque de membros do Hamas em solo israelense, que deixou cerca de 1.140 mortos, a maioria civis, Israel bombardeia a Faixa de Gaza sem cessar, e mais de 23.300 pessoas já morreram, especialmente mulheres e menores. 

Israel "desmobilizou um número significativo de forças" destacadas em Gaza, acrescentou o secretário. 

Blinken, que passou por Israel, reuniu-se no Cairo com o presidente egípcio, Abdel Fatah al-Sissi, antes de retornar para os Estados Unidos, ao final de uma viagem por nove países para evitar o contágio do conflito de Gaza na região. Entre outros, esteve na Turquia, na Arábia Saudita e na Cisjordânia ocupada.

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