O presidente da companhia aeronáutica americana Boeing reconheceu, nesta quarta-feira (24), a "gravidade" do incidente ocorrido no início de janeiro com um avião 737 MAX 9 da Alaska Airlines, quando uma porta "cega" se desprendeu em pleno voo.
A situação fez com que essas aeronaves permanecessem em terra para inspeções.
"Voamos aviões seguros. Não enviamos aviões ao céu se não temos 100% de confiança", declarou o presidente da Boeing, Dave Calhoun, aos jornalistas, ao chegar ao Capitólio para uma reunião a portas fechadas com o Comitê de Comércio do Senado.
"Estou aqui hoje com espírito de transparência para, em primeiro lugar, reconhecer a gravidade" do que ocorreu, e também para "responder a todas as perguntas" dos legisladores, "porque eles têm muitas", declarou.
Em 5 de janeiro, uma porta cega da fuselagem que tampava uma saída não utilizada do Boeing 737 MAX 9 da Alaska Airlines, que fazia o trajeto entre Portland (Oregon) e Ontario (Califórnia), se desprendeu em pleno ar.
Desde então, a agência federal de aviação civil dos Estados Unidos, a FAA, determinou que 171 das 218 aeronaves 737 MAX 9 em circulação permanecessem em terra até a conclusão de sua inspeção.
Estes aviões voltarão a voar quando já não houver mais dúvidas sobre sua segurança, destacou a FAA.
A Boeing propõe a seus clientes bloquear determinadas portas no MAX 9 quando o número de saídas de emergência existentes já é suficiente em relação ao número de assentos do avião.
Esta semana, a FAA recomendou às companhias aéreas inspecionar também as portas de seus aviões Boeing 737-900 ER, após os incidentes observados nos modelos 737 MAX 9 da empresa americana, pois eles têm um desenho muito similar.
elm-jmb/tu/mr/llu/rpr/am