Um ataque russo contra a localidade de Pokrovsk e seus arredores deixou neste sábado 11 mortos, entre eles cinco crianças, no leste da Ucrânia, em meio à escalada dos bombardeios.

 

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O número de ataques com balanços de vítimas elevados se multiplicou desde o fim de dezembro na Ucrânia e Rússia, o que sinaliza um aumento da violência no conflito, que já dura dois anos e cuja frente se mantém inalterada.



 

"Os russos atacaram a região com mísseis S-300, matando 11 pessoas e ferindo outras oito", informou no aplicativo Telegram Vadim Filashkin, governador da região de Donetsk, acrescentando que o ataque principal ocorreu em Pokrovsk e Rivne.

Segundo o governador, o ataque destruiu seis casas em Pokrovsk, localizada a cerca de 50 km da frente, e uma em Rivne, onde estava hospedada uma família de seis pessoas.

"Os russos simplesmente atacaram prédios residenciais comuns, residências privadas", denunciou o presidente Volodymyr Zelensky, afirmando que nenhum ataque russo "ficará sem consequências".

Nos territórios ocupados pela Rússia, duas pessoas foram mortas em bombardeios realizados pela Ucrânia em Makiyivka e Gorlovka, no leste, um ataque que também deixou vários feridos, segundo autoridades locais implantadas por Moscou.

Autoridades de Moscou também enfrentam a ira de mulheres russas, que exigiram hoje, diante do Kremlin, que seus maridos, reservistas convocados por Putin em setembro de 2022, retornem da frente.

"Tenho a impressão de que estamos incomodando, mas ninguém irá se calar. Sairemos todos os dias, todos os sábados, depositaremos flores" para chamar a atenção das autoridades, prometeu à AFP Paulina, que tem um filho de 1 ano. "Chegará o momento em que será impossível nos ignorar."

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