Vinte e três países lançaram, nesta quinta-feira (18), uma coalizão para facilitar o fornecimento de artilharia em apoio à Ucrânia em sua guerra contra a Rússia, entre eles a França, disposta a financiar 12 canhões Caesar.

"Não há alternativa para a artilharia moderna, devemos continuar nossos esforços e aumentar nossa produção de munições", disse o ministro da Defesa ucraniano, Rustem Umerov.

Umerov participou via videoconferência de uma reunião em Paris, liderada pelos Estados Unidos e França. Entre os países da coalizão, estão Canadá e países europeus como Espanha, Alemanha e Turquia.

O ministro francês da Defesa, Sébastien Lecornu, anunciou a liberação de 50 milhões de euros (R$ 266,4 milhões) para o fornecimento de 12 canhões Caesar à Ucrânia.

França e Dinamarca já entregaram à Ucrânia, no passado, 49 desses canhões, fabricados pela empresa francesa Nexter. Outros seis devem chegar nas "próximas semanas".

A França tem a capacidade de produzir mais 60 por cerca de 250 milhões de euros (R$ 1,3 bilhão), um custo "acessível para os diferentes orçamentos dos aliados", garantiu Lecornu.

De Kiev, Umerov afirmto enfrenta uma "escassez de munições" e alertou que é um problema "real e urgente" no combate contra as forças russas.

"Temos que reforçar as capacidades de defesa ucranianas para proteger o mundo livre contra o perigo russo", enfatizou em um comentário na rede social X (ex-Twitter).

O fornecimento de artilharia é uma das abrangências do Grupo de Contato para a Defesa da Ucrânia, conhecido como Ramstein, que reúne mais de 50 países em várias subseções, desde desminagem até defesa aérea.

Quase dois anos após o início da ofensiva russa na Ucrânia, em fevereiro de 2022, a frente está, há meses, praticamente congelada, confirmando a hipótese de um conflito extenso.

A Ucrânia pede aos seus aliados ocidentais que mantenham o apoio financeiro e bélico - que diminuíram recentemente.

bur-mdr/tjc/an/ms

compartilhe