O bilionário Elon Musk visitou nesta segunda-feira (22) o antigo campo de concentração de Auschwitz-Birkenau, na Polônia, e participará em seguida de um evento no qual falará sobre o antissemitismo online, após gerar indignação ao apoiar uma teoria da conspiração contra a população judaica.

A conferência, que acontecerá em Cracóvia, busca "discutir e encontrar soluções para o aumento astronômico do antissemitismo que afeta a Europa", declarou a Associação Judaica Europeia, que organizou o evento.

"Essa tendência preocupante" tem crescido desde a guerra entre Israel e o movimento islamista Hamas em Gaza, especificou.

Musk visitou o antigo campo de concentração construído pela Alemanha nazista na Polônia, ocupada entre 1940 e 1945, onde mais de um milhão de judeus europeus e mais de 100.000 pessoas não judaicas foram assassinadas.

Autoridades políticas também participarão do encontro. Musk falará às 16h locais (12h no horário de Brasília) ao lado do comentarista político de direita Ben Shapiro.

O encontro é celebrado após Musk responder a uma mensagem de um usuário da rede social X (ex-Twitter), que acusava os judeus de odiar os brancos. É "a pura verdade", escreveu o magnata, dono da Tesla e da SpaceX, antes de se desculpar.

Ele foi criticado pela publicação, por fomentar uma antiga teoria da conspiração entre supremacistas brancos.

Musk se desculpou pelo que chamou de "literalmente o pior e mais estúpido post que já fiz na vida" e afirmou que havia sido interpretado erroneamente.

O magnata da tecnologia também enfrenta acusações pela proliferação de discursos de ódio na X desde que comprou a rede social - por US$ 44 bilhões (R$ 232,3 bilhões), em outubro de 2022.

A reunião desta segunda-feira é organizada pouco antes do 79º aniversário da libertação de Auschwitz-Birkenau, em 27 de janeiro, data que se tornou o Dia Internacional da Lembrança do Holocausto.

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