A zona do euro evitou por pouco uma recessão técnica no segundo semestre de 2023, depois de registrar crescimento zero no quarto trimestre e encerrar o ano com um avanço modesto de 0,5%, anunciou nesta terça-feira (30) a agência de estatísticas Eurostat.
O resultado do quarto trimestre, no entanto, foi superior às expectativas dos analistas da agência Bloomberg e da FactSet, que projetavam uma contração de 0,1% para os últimos três meses do ano, como havia acontecido no terceiro trimestre.
O resultado de 0,5% para o conjunto do ano, porém, ficou levemente abaixo do crescimento de 0,6% que havia sido projetado pela Comissão Europeia, o braço Executivo da UE, em seu último relatório com previsões econômicas.
De acordo com a Eurostat, os resultados do quarto trimestre e do total anual foram iguais para a zona do euro e para o conjunto da UE, ou seja, incluindo os países do bloco que não utilizam a moeda comum.
A Eurozona conviveu durante todo o ano de 2023 com as elevadas taxas de juros definidas pelo Banco Central Europeu (a autoridade monetária para o euro), em uma tentativa de controlar a inflação.
Porém, a contração do crédito - como forma de conter o consumo - teve um forte impacto sobre os investimentos, assim como sobre o setor exportador, já afetado por uma desaceleração global.
Desta maneira, o PIB da zona do euro avançou apenas 0,1% no primeiro trimestre e repetiu o desempenho no segundo, antes de registrar queda de 0,1% no terceiro e encerrar o ano com o desempenho de 0% no quarto trimestre.
O quadro não se refletiu de maneira igual em todos os países. A Alemanha, locomotiva econômica da UE, queda de 0,3% no quarto trimestre e retrocesso de -0,2% no ano.
A Espanha registrou uma alta considerável de 0,6% no último trimestre e um crescimento robusto de 2,5% em 2023.
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