O índice de desemprego no Brasil caiu ligeiramente no trimestre móvel de outubro a dezembro e ficou em 7,4%, o nível mais baixo em quase oito anos, segundo dados oficiais divulgados nesta quarta-feira (31). 

Em 2023, o desemprego situou-se em média em 7,8%, uma queda de 1,8 ponto percentual em relação ao ano anterior (9,6%) e o nível mais baixo desde 2014. 

O índice marcou a nona queda trimestral consecutiva no final do ano passado, com três décimos de ponto percentual a menos na comparação com o período julho-setembro (7,7%), segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Os dados mostram ainda uma redução de cinco décimos de ponto percentual face ao trimestre homólogo de 2022. 

Os desempregados contabilizaram 8,1 milhões, o valor mais baixo desde o trimestre encerrado em janeiro de 2015.

A população economicamente ativa, por sua vez, atingiu um novo recorde da série histórica iniciada em 2012, com 101 milhões de pessoas, um crescimento de 1,6% no ano (1,6 milhão de pessoas). 

"A queda da taxa de desocupação ocorreu fundamentalmente por uma expansão significativa da população ocupada, ou seja, do número de pessoas trabalhando, chegando ao recorde da série iniciada em 2012", disse a coordenadora do IBGE, Adriana Beringuy, em nota. 

Beringuy destacou o aumento no número de novos contratos, que também atingiu o máximo desde 2012. No total, 234 mil pessoas encontraram emprego no trimestre.

O salário médio dos trabalhadores brasileiros aumentou 3,1% em um ano, para 3.032 reais, embora tenha permanecido praticamente inalterado em relação ao trimestre encerrado em setembro. 

O setor informal também se manteve igual face ao trimestre anterior, com uma taxa de 39,1% do total de ativos, ou seja, cerca de 39,5 milhões de trabalhadores. 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva congratulou-se em dezembro pelo desempenho da economia, que descreveu como "excepcional" no final de 2023, com um país "crescendo, o desemprego caindo, o salário aumentando".

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