Scarlett Jenkinson e Eddie Ratcliffe, ambos com 16 anos, foram condenados à prisão perpétua com pena mínima de 20 e 22 anos -  (crédito: CHESHIRE CONSTABULARY / AFP)

Scarlett Jenkinson e Eddie Ratcliffe, ambos com 16 anos, foram condenados à prisão perpétua com pena mínima de 20 e 22 anos

crédito: CHESHIRE CONSTABULARY / AFP

Os adolescentes identificados como Scarlett Jenkinson e Eddie Ratcliffe, ambos com 16 anos, foram condenados à prisão perpétua, com pena mínima de 20 e 22 anos, respectivamente, pelo assassinato “sádico” de uma jovem transgênero na Inglaterra. O crime, que ocorreu em fevereiro de 2023, chocou o país pela brutalidade. Brianna Ghey, 16 anos, foi atraída por Scarlett para um parque em plena luz do dia, onde foi morta com 28 facadas.

 

Durante o julgamento, ambos negaram terem cometido o crime e acusaram um ao outro. O julgamento apontou que os dois eram fascinados por violência, tortura e assassinatos em série. O assassinato foi planejado pelos adolescentes, na época com 15 anos, durante semanas, como revelaram planos manuscritos e mensagens obtidos pelos detetives.

A polícia descartou a possibilidade de crime de ódio e transfobia após encontrar indícios de que a dupla planejava outros assassinatos. As autoridades concluíram que Brianna foi morta porque era “vulnerável e acessível”, já que via a menina como amiga, e que os criminosos fizeram isso por “diversão” e “sede de matar”. A garota recebeu pena mínima dois anos maior, já que foi identificada como a líder do crime hediondo.

 

“Os dois parecem ter exercido uma influência mortal um sobre o outro e transformaram em realidade o que pode ter começado como fantasias sombrias sobre assassinato”, disse a promotora da Coroa, Nicola Wyn Williams. Nenhum dos dois demonstrou reação visível ao receberem a condenação.

 

De acordo com a lei da Inglaterra, jovens que cometeram infrações têm a identidade protegida até completarem 18 anos. Nesse caso, no entanto, a juíza Amanda Yip suspendeu a restrição após o fim do julgamento por entender que há um “forte interesse público na denúncia completa e irrestrita do que é claramente um caso excepcional”. Antes da sentença, eles eram identificados como “Garota X” e “Garoto Y”.