Gigantes da tecnologia como Meta, Microsoft, Google e OpenAI estão trabalhando em um pacto para agir em conjunto contra o conteúdo gerado por Inteligência Artificial (IA) que busca enganar eleitores em um ano de eleições cruciais em todo o mundo, anunciaram as empresas nesta terça-feira (13).
Ainda em negociação pelas empresas, o chamado "acordo" sobre "deepfakes" (representações ultrarrealistas com IA) e outros conteúdos perigosos está pronto para ser anunciado na sexta-feira durante a Conferência de Segurança de Munique.
"Em um ano crítico para as eleições globais, as empresas de tecnologia estão trabalhando em um acordo para combater o uso malicioso da IA que visa os eleitores", disse um porta-voz da Meta em comunicado por e-mail à AFP nesta terça-feira.
"Adobe, Google, Meta, Microsoft, OpenAI, TikTok e outros estão trabalhando juntos para alcançar este objetivo compartilhado", acrescentou.
Segundo o The Washington Post, que primeiro informou sobre a existência do projeto, as empresas concordarão em desenvolver formas de identificar, rotular e controlar imagens, vídeos e áudios gerados por IA que buscam enganar os eleitores.
A ideia surge em um momento em que as grandes empresas de tecnologia enfrentam forte pressão devido aos temores sobre o mau uso que certos aplicativos com IA despertam em um agitado ano eleitoral.
Meta, Google e OpenAI já concordaram em usar uma marca d'água padrão que rotula imagens geradas por seus aplicativos, como ChatGPT, Copilot e Gemini (antes Bard).
Exemplos recentes de "deepfakes" convincentes com IA aumentaram a preocupação com o fácil acesso a essa tecnologia.
No mês passado, uma chamada telefônica automática que se passava pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, chegou a dezenas de milhares de eleitores com uma mensagem pedindo às pessoas para não votarem nas primárias de New Hampshire.
No Paquistão, o partido do ex-primeiro-ministro Imran Khan usou a IA para gerar discursos em nome do líder encarcerado.
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