O primeiro-ministro da Armênia, Nikol Pashinyan, acusou nesta quinta-feira (15) o Azerbaijão de planejar uma "guerra total" contra o país, dois dias após um confronto na fronteira que terminou com quatro soldados armênios mortos.
"Nossa análise indica que o Azerbaijão quer iniciar uma ação militar em algumas partes da fronteira, com a intenção de transformar a escalada militar em uma guerra total contra a Armênia", declarou Pashinyan durante um conselho de ministros.
A tensão entre os países vizinhos do Cáucaso aumentou desde que o Azerbaijão retomou, em setembro, a disputada região de Nagorno Karabakh em uma ofensiva militar relâmpago.
A Armênia teme que o vizinho, encorajado pela vitória militar, invada seu território para criar uma ponte terrestre para o enclave azerbaijano de Nakhchivan.
Mas o presidente azerbaijano Ilham Aliyev, reeleito este mês, afirmou na quarta-feira em seu discurso de posse que é a Armênia que tem reivindicações territoriais.
"Nós não temos reivindicações territoriais na Armênia. Eles devem desistir de suas reivindicações. Falar conosco com a linguagem do suborno custará caro para eles", declarou Aliyev.
Pashinyan e Aliyev afirmaram que um acordo de paz poderia ter sido assinado no fim do ano passado, mas as negociações de paz com mediação internacional não registraram avanços.
Na terça-feira, as duas partes trocaram acusações de disparos na fronteira, um confronto que, segundo a Armênia, matou quatro soldados do país.
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