O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, rejeitou na quinta-feira (15) à noite o reconhecimento internacional de um Estado palestino e afirmou que a iniciativa "ofereceria uma enorme recompensa ao terrorismo".

No âmbito das negociações para acabar com a guerra entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza, o jornal The Washington Post mencionou que o governo dos Estados Unidos e vários países árabes trabalham em um plano para uma paz duradoura no conflito palestino-israelense.

O plano, que os negociadores esperam concluir antes do início do Ramadã em 10 de março, contempla um cessar-fogo de "pelo menos seis semanas" e a libertação dos reféns tomados pelo Hamas em seu ataque no sul de Israel em 7 de outubro.

Também estabelece um calendário para o estabelecimento e o reconhecimento de um Estado palestino, segundo o jornal, que cita fontes americanas e de países árabes.

"Israel continuará a opor-se ao reconhecimento unilateral de um Estado palestino. Tal reconhecimento, após o massacre de 7 de outubro, ofereceria uma enorme recompensa ao terrorismo sem precedentes e impediria qualquer acordo de paz futuro", escreveu Netanyahu em sua conta na rede social X (antigo Twitter).

"Israel rejeita categoricamente os ditames internacionais relativos a um acordo permanente com os palestinos", acrescentou.

Um acordo de paz deve ser resultado de "negociações diretas sem condições prévias", completou.

Dois influentes ministros israelenses de extrema-direita, Itamar Ben Gvir (Segurança Nacional) e Bezalel Smotrich (Finanças), já haviam expressado oposição ao plano.

"Nunca concordaremos com um plano assim, que na realidade diz que os palestinos merecem uma recompensa pelo terrível massacre que cometeram", escreveu Smotrich na mesma rede social;

Na mensagem, o ministro descreveu um Estado palestino como "uma ameaça existencial ao Estado de Israel".

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