Yulia Navalnaya, viúva do opositor russo Alexei Navalny, morto recentemente em uma prisão russa no Ártico, se encontrará nesta segunda-feira (19) em Bruxelas com chanceleres da União Europeia (UE), anunciou o chefe da diplomacia do bloco, Josep Borrell.

"Na segunda-feira, vou receber Yulia Navalnaya no Conselho de Relações Exteriores da UE", disse Borrell neste domingo na rede social X. "Os ministros da UE enviarão uma mensagem forte de apoio aos lutadores pela liberdade na Rússia e homenagearão a memória" de Navalny, escreveu.

Navalnaya, que não via o marido há dois anos, culpou o presidente russo, Vladimir Putin, de ser "pessoalmente responsável" pela morte de seu marido e pediu à comunidade internacional que se unisse para derrubar seu "regime aterrorizante".

Navalny era o opositor mais proeminente do Kremlin e se tornou muito popular por suas denúncias de supostos casos de corrupção sob o governo de Putin.

Em 2020, Navalnaya conseguiu fazer com que seu marido, que estava em coma na Sibéria devido a um envenenamento, pudesse sair da Rússia. Também esteve ao lado dele quando ele retornou da Alemanha, antes de ser preso.

O ativista, condenado por "extremismo", cumpria uma pena de 19 anos em uma remota colônia penal no Ártico após julgamentos que, segundo múltiplas vozes, obedeciam a motivações políticas.

Até o momento, Putin não se pronunciou publicamente sobre a morte de Navalny.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, acusou na sexta-feira os líderes ocidentais de terem reações "absolutamente inaceitáveis" e "histéricas" ao falecimento, que comoveu o mundo.

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