Uma eventual trégua nos combates com o Hamas na Faixa de Gaza não afetará o "objetivo" de Israel de repelir o Hezbollah libanês de sua fronteira norte, declarou o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, na noite deste domingo (25).
Desde o início da guerra, em 7 de outubro, as trocas de tiros são quase diárias na fronteira israelense-libanesa entre o exército de Israel e o Hezbollah, movimento islamista apoiado pelo Irã e aliado do Hamas palestino.
As negociações avançam em busca de uma trégua de várias semanas em Gaza, incluindo libertações de reféns, mas Israel continua "incrementando" suas capacidades militares em sua fronteira com o Líbano, afirmou Gallant em visita do comando norte do Exército a Safed, onde uma soldado morreu este mês, atingida pelo disparo de um foguete proveniente do Líbano.
"Vim aqui constatar como aumentamos nosso poder de fogo e até que ponto estamos prontos para agir contra o Hezbollah onde for e com uma intensidade cada vez mais crescente", declarou Gallant, segundo um vídeo difundido por seus serviços.
"Se as pessoas acham que quando houver um acordo para libertar reféns no sul [de Gaza], as coisas se tornarão mais fáceis aqui [no norte], se enganam. Vamos continuar atirando, independentemente do que acontecer no sul e isso até que alcancemos o nosso objetivo", acrescentou.
"Esse objetivo é simples: que o Hezbollah se retire para onde deve estar, e que seja por meio de um acordo ou pela força", afirmou.
A guerra entre o exército israelense e o movimento islamista explodiu em 7 de outubro, quando milicianos do Hamas mataram 1.160 pessoas, a maioria civis, no sul de Israel, e sequestraram cerca de 250, segundo um balanço da AFP com base em dados israelenses.
Em resposta ao ataque, Israel lançou uma ofensiva aérea e terrestre que já deixou 29.692 mortos em Gaza, em sua grande maioria civis, segundo o Ministério da Saúde do território palestino.
Uma delegação israelense encabeçada pelo chefe do Mossad, os serviços de inteligência do país, visitou Paris esta semana para conversas sobre um possível acordo de trégua em Gaza, que incluiria a libertação de reféns, dos quais 130 continuam nas mãos do Hamas.
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