O Irã utilizou o banco britânico Lloyds e a filial do espanhol Santander no Reino Unido para movimentar fundos e escapar das sanções americanas, informou o jornal econômico Financial Times (FT) nesta segunda-feira (5).

Os dois bancos teriam permitido a abertura de contas de empresas de fachada com sede no Reino Unido, que na verdade pertenciam a uma empresa petroquímica controlada pelo Irã, alvo de sanções americanas desde 2018, segundo noticiou o Financial Times, com base em documentos consultados pelo jornal.

Esta empresa faz parte de uma "rede à qual os Estados Unidos acusa de arrecadar milhões de dólares para os Guardiões da Revolução iraniana e de trabalhar para agências de inteligência russas que arrecadam dinheiro para milícias próximas ao Irã", assegura o Financial Times. 

Um porta-voz do Santander Reino Unido, contatado pela AFP, garantiu que o banco "não cometeu nenhuma violação às sanções americanas, segundo nossa investigação".

"Contamos com políticas e procedimentos para garantir que respeitamos as demandas relacionadas às sanções e continuaremos colaborando com as autoridades do Reino Unido e Estados Unidos", afirmou.

Um porta-voz do Lloyds, também contatado pela AFP, declarou que as atividades do banco britânico "são conduzidas de forma que respeitem a lei sobre as sanções".

O porta-voz do banco britânico acrescentou que não poderia falar sobre clientes individuais e, "devido a restrições legais, sobre informação relativa a atividades suspeitas transmitidas às autoridades". 

Uma fonte próxima ao Lloyds assegurou que o cliente mencionado pelo FT não está sujeito a sanções britânicas ou americanas. 

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