A França impôs "sanções" a 28 "colonos israelenses extremistas" por cometerem atos de violência "contra civis palestinos na Cisjordânia", anunciou o Ministério das Relações Exteriores nesta terça-feira (13).

"A França reafirma a sua firme condenação desta violência inadmissível (...) Cabe às autoridades israelenses pôr-lhe fim e processar os seus perpetradores", escreve o Ministério das Relações Exteriores em comunicado. 

A medida prevê a proibição de viagens à França aos 28 sancionados, afirmou a diplomacia francesa, seguindo os passos do Reino Unido e dos Estados Unidos, que também adotaram sanções.

Paris defende punições no âmbito da União Europeia, mas a sua adoção, que exige a unanimidade de seus 27 Estados-membros, encontra oposição da Hungria e da República Tcheca, segundo fontes diplomáticas. 

"A colonização é ilegal à luz do direito internacional e deve parar", reforçou a diplomacia francesa, reiterando o seu apoio à solução de dois Estados: um palestino e um israelense.

O conflito entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, desde o ataque deste movimento islamista palestino em solo israelense, em 7 de outubro, também afeta a Cisjordânia. 

Neste território palestino ocupado desde 1967 por Israel, mais de 380 palestinos foram mortos por soldados ou colonos israelenses desde aquele dia, segundo a Autoridade Palestina.

Mais de 2,9 milhões de palestinos vivem na Cisjordânia ocupada, assim como 490 mil israelenses em colonatos considerados ilegais pelo direito internacional.

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