Camisetas com seu rosto, hinos, flores... o Quênia presta, nesta sexta-feira (23), sua última homenagem durante um funeral de Estado à sua estrela meteórica da maratona Kelvin Kiptum, recordista mundial morto em um acidente de carro.
O presidente do país, William Ruto, e o presidente da Federação Internacional de Atletismo (World Athletics), Sebastian Coe, foram para a celebração em Chepkorio, no vale do Rift (oeste), onde Kelvin Kiptum nasceu, cresceu e morreu. Ruto ficou perto do caixão aberto, onde colocou um ramo de flores.
"Sinto a sua falta, será sempre o amor da minha vida até nos reencontrarmos. Prometo ser forte para o bem de nossos filhos", declarou a esposa de Kiptum, Asenath Rotich, com lágrimas e emoção.
"Kelvin, sentiremos sua falta", assegurou, por sua vez, Sebastian Coe, antes de acrescentar: "Nossa dor e nossa tristeza irão demorar para desaparecer. Mas te garanto que seus feitos são valisos, inapagáveis e estão inscritos nos anais de nossa história", jamais serão esquecidos".
Estrela ascendente do atletismo queniano e mundial, Kiptum entrou de maneira espetacular no mundo da maratona ao bater o recorde mundial da modalidade durante sua terceira corrida oficial, em outubro, em Chicago (2h00min35s), que até aquele momento estava nas mãos de seu compatriota Eliud Kipchoge.
Favorito para as Olimpíadas de Paris, Kelvin Kiptum, casado e pai de dois filhos, morreu aos 24 anos na noite de domingo, 11 de fevereiro, após sair da rodovia com seu carro em Kaptagat, no vale do Rift, não muito distante do seu local de treinamento e de sua casa. Seu treinador, o ruandês Gervais Hakizimana, de 36 anos, também morreu no acidente.
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