Pelo menos 13 coletores de trufas morreram neste domingo (25) após a explosão de uma mina do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) no norte da Síria, afirmou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

"Treze civis, incluindo mulheres (...), morreram quando uma mina deixada pelo grupo EI explodiu quando procuravam trufas" no deserto da província de Al Raqqa, "antiga capital" do EI, indicou o OSDH.

A ONG, com sede no Reino Unido, possui uma ampla rede de informantes no terreno.

O grupo, que controlou vastos territórios na Síria a partir de 2014, foi derrotado neste país em março de 2019 por uma coalizão internacional anti-jihadista liderada pelos Estados Unidos e aliada às forças curdas.

No entanto, muitos combatentes jihadistas se deslocaram desde então pelo deserto do país, onde deixaram muitas minas terrestres.

O deserto sírio é famoso por produzir algumas das melhores trufas do mundo, que alcançam preços elevados em um país marcado por mais de uma década de guerra e uma grave crise econômica.

Segundo o OSDH, os jihadistas do EI costumam atacar os coletores de trufas, um trabalho que pode representar um meio de vida muito atrativo. Apesar das frequentes advertências das autoridades, essa atividade de alto risco continua.

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