Da China a Cuba, os aliados do presidente russo, Vladimir Putin, felicitaram o chefe de Estado por sua reeleição com 87,28% dos votos, em uma eleição muito criticada pelas potências ocidentais.

- China -

"Sua reeleição reflete plenamente o apoio do povo russo", afirmou o presidente chinês Xi Jinping em uma mensagem a Putin, segundo o canal estatal CCTV.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou estar convencido de que "sob a liderança estratégica do presidente Xi Jinping e do presidente Putin, as relações entre China e Rússia continuarão progredindo". 

- Venezuela -

Para o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, "Putin venceu a guerra e todo o conjunto do Ocidente" e "está marcando um longo caminho de reivindicação da nova Rússia para o mundo do equilíbrio". 

"Triunfou o nosso irmão mais velho, são bons presságios para o mundo", acrescentou o presidente, reiterando sua "vontade inabalável de continuar trabalhando estreitamente" com a Rússia.

- Cuba -

O presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, destacou que o resultado eleitoral é uma "demonstração confiável do reconhecimento do povo russo a sua gestão".

"Continuaremos fortalecendo os laços entre Cuba e a Rússia, em setores identificados para o bem-estar dos nossos povos", acrescentou em uma mensagem na rede X.

- Nicarágua -

O presidente Daniel Ortega chamou o resultado de "contribuição para a indispensável estabilidade da comunidade humana" e destacou "as exemplares e tranquilas jornadas eleitorais no enorme país amigo".

- Bolívia -

O presidente boliviano, Luis Arce, afirmou na rede X que a vitória de Putin "reafirma a unidade do corajoso povo russo ao redor de sua soberania e desenvolvimento constante. Temos certeza de que continuaremos aprofundando os nossos laços de fraternidade e cooperação".

- Irã -

O presidente iraniano, Ebrahim Raisi "felicitou sinceramente Vladimir Putin por sua vitória sólida", segundo a agência estatal de notícias Irna.

- Índia -

O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, felicitou Putin e pediu ao presidente russo para "reforçar ainda mais a colaboração duradoura, especial e privilegiada" entre os países.

- Ucrânia -

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, cujo país foi invadido pela Rússia há mais de dois anos, afirmou que as eleições "não têm nenhuma legitimidade".

Putin está "embriagado de poder e quer governar eternamente", destacou nas redes sociais.

- Reino Unido -

O ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, David Cameron, lamentou a ausência de eleições "livres e justas" na Rússia, eleições que apontam o "alcance da repressão exercida pelo regime do presidente Putin, que procura silenciar toda a oposição a sua guerra ilegal".

- União Europeia -

"Esta eleição foi baseada na repressão e intimidação", afirmou o chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell.

A UE também afirmou que não reconhecerá as eleições "nulas" e sem efeito jurídico organizadas nos territórios ucranianos sob controle russo.

- Polônia -

Para a Polônia, as eleições presidenciais russas "não são legais, livres, nem justas" e a votação ocorreu em meio a "duras repressões" e nas partes ocupadas da Ucrânia, em violação ao direito internacional, segundo o Ministério das Relações Exteriores.

- República Tcheca -

"Uma farsa e uma paródia", afirmou o chefe da diplomacia tcheca, Jan Lipavsky, na rede X. Também disse esperar que "um dia os russos votem em eleições livres e democráticas". 

- França -

Paris lamentou que "não tenham sido reunidas novamente as condições para eleições livres, plurais e democráticas" na Rússia, em um contexto de "crescente repressão contra a sociedade civil" e de "restrições" à liberdade de expressão, segundo o Ministério das Relações Exteriores.

- Alemanha -

A Alemanha denunciou uma "eleição sem opções", que mostra "a ação infame de Putin contra seu próprio povo", nas palavras da chefe da diplomacia do país, Annalena Baerbock.

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