O Ministério Público antiterrorista da Alemanha anunciou nesta terça-feira (19) que dois supostos jihadistas de nacionalidade afegã foram detidos por suspeita de terem planejado um ataque perto do Parlamento sueco em resposta à queima de exemplares do livro sagrado do islã, o Alcorão.

Ibrahim M. G. e Ramin N. foram detidos na Turíngia, no leste da Alemanha, por planejar "matar policiais e outras pessoas em Estocolmo, perto do Parlamento sueco, com armas de fogo", afirmou o MP em comunicado. 

Ambos são suspeitos de serem seguidores da ideologia do grupo Estado Islâmico (EI) "desde pelo menos 2023" e Ibrahim M. G. é acusado de ter aderido à filial regional do "Estado Islâmico da Província de Khorasan (ISPK)" da Alemanha.

Segundo a nota, ambos organizaram coletas de doações neste país no valor de quase 2.000 euros (quase R$ 11 mil na cotação atual), e os fundos deveriam ser enviados a membros do EI detidos no norte da Síria. 

Em 2023, o ISPK atribuiu a Ibrahim M. G. a missão de cometer um atentado na Europa em resposta aos exemplares do Alcorão incendiados na Suécia e em outros países escandinavos. Mas a ação não foi concluída uma vez que a dupla não conseguiu ter acesso a armas.

As prisões ocorreram no âmbito de uma ação conjunta entre Alemanha e Suécia.

"Podemos confirmar que cooperamos com a polícia alemã", disse à AFP uma porta-voz da agência de antiterrorismo da Suécia, Karin Lutz. 

Em outubro de 2023, as autoridades alemãs já haviam acusado dois irmãos sírios por suspeita de planejarem um ataque contra uma igreja na Suécia, em resposta a atos de profanação do Alcorão no país.

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