Um tribunal russo prorrogou nesta terça-feira (26) até 30 de junho a prisão preventiva do jornalista americano Evan Gershkovich, detido há um ano por acusações de "espionagem", que ele rejeita. 

"O tribunal municipal de Moscou considerou um pedido das autoridades encarregadas da investigação preliminar e prorrogou a detenção de Evan Gershkovich até 30 de junho de 2024", escreveu o serviço de imprensa dos tribunais de Moscou na rede Telegram. 

Evan Gershkovich, repórter do Wall Street Journal que anteriormente trabalhou para a AFP em Moscou, foi detido em 29 de março de 2023 pelo FSB, o serviço de segurança russo, enquanto fazia reportagens em Ecaterimburgo, nos Montes Urais.

O repórter é acusado de espionagem, crime que pode levar a 20 anos de prisão. Ele nega as acusações, assim como as autoridades de seu país, seu jornal e pessoas próximas a ele.

A Rússia nunca apresentou publicamente provas das acusações e todo o processo está sob sigilo sumário. A data para a realização de seu julgamento também não foi informada neste momento. 

A embaixadora dos EUA em Moscou, Lynne Tracy, afirmou nesta terça-feira que essa prorrogação é "particularmente dolorosa", já que esta semana marca um ano da sua detenção. 

"É hora de o governo russo deixar Evan sair", disse a embaixadora em comunicado.

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