A reabertura do porto de Baltimore, nos Estados Unidos, levará tempo, apesar de já terem começado a limpar a área onde a ponte desabou para, em uma segunda fase, procurar os restos mortais dos quatro trabalhadores declarados mortos, informaram as autoridades.

Duas gruas chegaram para iniciar a complicada operação de remover os escombros de aço retorcido da ponte Francis Scott Key, que colapsou na terça-feira (26) após um cargueiro se chocar contra ela, bloqueando a entrada para o porto.

Boa parte da estrutura, por onde passavam dezenas de milhares de motoristas diariamente, caiu no rio Patapsco, enquanto oito trabalhadores latino-americanos estavam na estrada reparando buracos.

Dois foram resgatados logo após o desabamento da ponte, enquanto os outros seis foram dados como mortos. Mergulhadores encontraram os corpos de dois deles na quarta, mas a busca pelos demais teve que ser adiada por ser muito perigosa, segundo as autoridades locais. A ideia é remover os escombros para depois procurar os corpos.

Moradores da área participaram de uma vigília em um parque próximo nesta quinta, relatou a imprensa local, e a Prefeitura de Baltimore lançou uma arrecadação de fundos para apoiar as famílias das vítimas.

"Lamentamos muito essa tragédia", disse o governador de Maryland, Wes Moore, aos jornalistas. Ele pediu paciência, pois a reconstrução da ponte “não vai levar horas, nem dias, nem semanas". "Temos um longo caminho pela frente”, acrescentou.

A reabertura do porto é uma prioridade para o governo. "Estamos movendo céu e terra" para que volte a operar, afirmou o assessor da Casa Branca Tom Pérez.

A Administração Federal de Rodovias se comprometeu a fornecer um montante inicial de 60 milhões de dólares (R$ 301 milhões) solicitado por Maryland para o que Moore chamou de "esforços de resposta imediata e para estabelecer as bases para uma rápida recuperação".

O desastre poderia resultar no maior pagamento de seguros marítimos já visto, segundo a gigante seguradora Lloyd's, de Londres.

O fechamento do porto também preocupa a economia local, pois 140 mil empregos dependem da atividade portuária, afetando a cadeia de suprimentos nacional como um todo.

Para mitigar o impacto, a Autoridade Portuária de Nova York e Nova Jersey aceitará carga adicional.

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