A fabricante de aviões americana Boeing, em crise após apresentar vários problemas de segurança nos seus aparelhos, anunciou nesta segunda-feira (25) a saída no final do ano do seu CEO Dave Calhoun, assim como de outros executivos. 

"O mundo está observando e sei que vamos superar este momento para sermos uma empresa melhor", escreveu Calhoun em uma carta aos funcionários na qual afirmou que "segurança e qualidade são o que colocamos antes de tudo". 

No mês passado, as autoridades dos Estados Unidos deram à Boeing um prazo de 90 dias para apresentar um plano de controle de qualidade. 

A Agência Federal de Aviação Civil (FAA) dos Estados Unidos observou que a empresa deve "se comprometer com uma melhoria verdadeira e profunda".

Calhoun permanecerá no comando até o final de 2024, disse a empresa em seu comunicado à imprensa. Stan Deal, diretor da divisão de aviação comercial, é substituído com efeito imediato por Stephanie Pope, atual diretora operacional do grupo.

O presidente do conselho, Larry Kellner, também disse que não planeja buscar a reeleição na assembleia geral anual do grupo, segundo o comunicado. 

Kellner ocupava esse cargo desde o final de 2019.

O conselho de administração escolheu Steve Mollenkopf, membro do conselho executivo da Boeing e ex-chefe da fabricante de chips Qualcomm, para sucedê-lo. Como tal, Mollenkopf será responsável por encontrar um novo CEO para a empresa. 

A fabricante de aeronaves está em plena crise, após um acidente ocorrido no início de janeiro com um avião modelo 737 MAX 9 da Alaska Airlines, no qual uma porta da cabine se soltou em pleno voo. 

Além do acidente técnico a bordo de tal voo, já foram relatados problemas de produção ao longo de 2023, assim como uma série de incidentes em 2024.

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