Fãs e críticos estão elogiando "Cowboy Carter", o novo álbum imerso no espírito country de Beyoncé, trabalho que está subindo nas paradas após seu tão esperado lançamento nesta sexta-feira (29/3).

 

Trata-se de vasta homenagem à herança sulista da cantora e o segundo ato, com 27 músicas, da trilogia "Renaissance". Uma conquista que redefine o gênero e destaca a cultura country negra.

 

"Ninguém confundirá este extenso set com seguir um caminho reto ou ter um momento remotamente entediante", escreveu o crítico da revista especializada em entretenimento Variety.

 

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"É quase como se Beyoncé estivesse observando alguns dos saltos evolutivos e contratempos que o país (EUA) tem experimentado enquanto redefine suas fronteiras, como sempre a música fez, e dissesse: 'Segure meu (champanhe) Armand de Brignac. Eu consigo fazer isso'."

 

"Mas não se trata apenas do que Beyoncé pode fazer pela música country; é o que seu conceito de country pode fazer por ela, ao ampliar seu império musical e até mesmo seu já bem esculpido senso de si mesma. É muita coisa", acrescenta a publicação.

 



 

Potencial de vendas

 

É cedo demais para dizer até onde "Cowboy Carter" e sua extensa lista de canções chegarão, mas é certo que o álbum tem enorme potencial comercial.

 

A artista de 42 anos, nascida em Houston, no Texas, foi pioneira nos lançamentos surpresa de álbuns pela internet. Porém, para os dois primeiros atos da "Renaissance", recorreu a uma estratégia de marketing mais tradicional, com promoções planejadas e edições físicas luxuosas à venda.

 

Sua ode à dança em "Renaissance" a levou ao topo da Billboard quando foi lançada em 2022, e "Cowboy Carter" parece estar pronto para repetir o feito. Isso sem contar uma turnê de sucesso como a do primeiro ato.

 

 

"Cowboy Carter" é um exemplo tangível de quanto a música pode florescer quando sai das restrições empoeiradas do gênero.

 

Evolução do country

 

Beyoncé habilmente evita os críticos – guardiões da música country de Nashville que há muito tentam promover a ideia rígida do gênero dentro da dimensão esmagadoramente branca e masculina, tanto lírica quanto musicalmente.

 

A megaestrela guia os ouvintes ao longo da evolução do country, em uma jornada desde os sons do gênero spiritual afro-americano e as notas de violino até suas pioneiras mulheres, como na colaboração com Linda Martell, e então projeta uma visão de futuro.

 

Embora dê uma lição de história, "Cowboy Carter" é essencialmente um manifesto que se inclina para a liberdade de se deixar levar.

 

Orgulho negro feminino

 

Em meio ao frenesi, Beyoncé oferece retratos emocionantes sobre maternidade, celebrações ao sexo e ao amor, e até mesmo uma fantasia de assassinato por vingança.

 

Também selecionou um mosaico de estrelas jovens (Miley Cyrus, Post Malone e Tanner Adell) e ícones da velha guarda como Willie Nelson e Dolly Parton. 

 

"Com este projeto infinitamente divertido, ela se torna uma guerreira do orgulho feminino e negro e uma queridinha do rádio. Porque ser Beyoncé significa nunca ter que fingir ser apenas uma coisa", sentencia a Variety.


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