O movimento islamista palestino Hamas pediu perdão pela primeira vez aos moradores de Gaza pelo sofrimento provocado pela guerra, em uma mensagem publicada no domingo à noite no Telegram.
O Hamas "pede desculpas" pelas dificuldades provocadas pela guerra contra o Exército israelense, que começou há quase seis meses. Mas também reitera a vontade de prosseguir com a luta que, na opinião do movimento, permitirá "a vitória e a liberdade" dos palestinos.
O grupo enviou uma "mensagem de agradecimento à população" da Faixa de Gaza, que está "exausta", admite a nota.
Na sua mensagem, o Hamas ressaltou as medidas que deseja implementar para melhorar a situação, como tentar "controlar os preços" durante o conflito.
O grupo também afirmou que está em contato com o "conjunto dos componentes" da sociedade de Gaza, incluindo os demais movimentos armados, os comitês populares e as famílias, para tentar "resolver os problemas provocados pela ocupação".
A situação humanitária é catastrófica no território, já afetado por um bloqueio israelense imposto há muitos anos. A ajuda entra a conta-gotas e a maior parte da população está deslocada no sul da Faixa, perto de Rafah, na fronteira fechada com o Egito.
A guerra começou em 7 de outubro, após o ataque sem precedentes do Hamas em território israelense, quando 1.160 pessoas foram assassinadas, segundo um balanço da AFP baseado em dados divulgados pelas autoridades israelenses.
Os comandos islamistas também sequestraram mais de 250 pessoas e 130 permanecem retidas em Gaza, incluindo 34 que teriam sido mortas.
Em resposta, Israel prometeu "aniquilar" o Hamas e iniciou uma campanha militar contra o território, que deixou mais de 32.700 mortos até o momento, segundo os dados mais recentes divulgados pelo governo do Hamas.