Um túnel escavado por detentos em uma prisão perigosa do sul do Equador foi fechado por militares, anunciou o governo nesta segunda-feira (1º), antes de uma consulta popular com a qual busca endurecer sua guerra contra o crime.
"Não vão nos intimidar", lançou o presidente, Daniel Noboa, protegido com colete à prova de balas e capacete, próximo a uma cratera colada a um dos muros da prisão militarizada de El Turi, em Cuenca.
Assim como outras prisões do Equador, o local foi cenário de massacres devido a confrontos entre grupos do narcotráfico, que já causaram a morte de mais de 460 detentos desde 2021.
O túnel em construção ainda não tinha saída, ressaltou o general do Exército Iván Vásconez.
Desde o começo do ano, vigora no país o estado de exceção, que permitiu militarizar as prisões e ruas, entre outras medidas para combater os grupos criminosos. Nos últimos dois fins de semana, a violência se intensificou no Equador, que se tornou um centro logístico de organizações ligadas ao narcotráfico.
"Nunca cederemos à delinquência e ao crime organizado", garantiu Noboa, que convocou uma consulta popular para 21 de abril, na qual os equatorianos decidirão sobre temas como a extradição de compatriotas e o aumento das penas por terrorismo ou narcotráfico.
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