Os Estados Unidos não estão envolvidos no ataque aéreo ao consulado do Irã na Síria, atribuído por Teerã a Israel, nem foram informados antecipadamente, afirmaram fontes oficiais nesta terça-feira (2).
O Irã prometeu retaliar pelo ataque em Damasco, que resultou na morte de mais de uma dúzia de pessoas, incluindo altos comandantes da Guarda Revolucionária iraniana, enquanto Israel se recusou até agora a fazer comentários.
"Não tivemos nada a ver com o ataque em Damasco, não estivemos envolvidos de forma alguma", disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby.
O funcionário classificou de "bobagem" os comentários do ministro das Relações Exteriores iraniano, Hossein Amir Abdollahian, de que os Estados Unidos, o principal aliado de Israel, eram responsáveis pelo ataque.
A vice-secretária de imprensa do Pentágono, Sabrina Singh, também afirmou que as forças americanas não desempenharam nenhum papel no bombardeio, e que os Estados Unidos transmitiram isso a Teerã por meio de canais privados.
"Não fomos notificados pelos israelenses sobre seu ataque ou o objetivo planejado de seu ataque em Damasco", disse Singh aos jornalistas. "Deixamos muito claro em canais privados para o Irã que não fomos responsáveis", completou.
A mídia estatal iraniana informou que 13 pessoas morreram nos eventos de segunda-feira, sete delas membros da Guarda Revolucionária e seis cidadãos sírios.
Esse braço das forças iranianas, considerado o exército ideológico da República Islâmica, esclareceu que entre os mortos estavam dois altos comandantes: os brigadeiros-generais Mohammad Reza Zahedi e Mohammad Hadi Haji Rahim.
Singh afirmou que Washington avalia que altos comandantes da Guarda Revolucionária morreram, mas não conseguiu confirmar independentemente suas identidades.
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