As cotações do petróleo dispararam na segunda parte da jornada de negócios desta quinta-feira (4) e alcançaram máximos que não eram vistos desde outubro, em meio às tensões no Oriente Médio.

O preço do barril Brent do Mar do Norte, referência na Europa e para entrega em junho, começou o dia em queda, mas fechou com alta 1,45%, para 90,65 dólares. Já o West Texas Intermediate (WTI), negociado no mercado americano para vencimento em maio, avançou 1,35%, para 86,59 dólares.

"O mercado está realmente muito preocupado e tenta saber se haverá uma resposta iraniana aos ataques de Israel" contra um edifício diplomático do Irã na Síria, comentou John Kilduff, da consultoria Again Capital.

Para Phil Flynn, do Price Futures Group, "as tensões geopolíticas subiram um degrau" e afetaram o mercado de petróleo, mas também as ações e ativos de segurança como o ouro.

O presidente americano Joe Biden aventou pela primeira vez a possibilidade de condicionar a ajuda americana a Israel a medidas "tangíveis" de parte do governo de Benjamin Netanyahu para responder à catástrofe humanitária em Gaza.

Os dois dirigentes conversaram por telefone após a morte na segunda-feira de sete colaboradores da organização World Central Kitchen em um ataque israelense.

A conversa aconteceu em meio à deterioração da situação humanitária na Faixa de Gaza, sitiada e à beira de uma crise de fome, onde 33.037 palestinos morreram em seis meses de guerra, segundo o último balanço do grupo palestino Hamas.

Biden pediu um "cessar-fogo imediato" após o ataque "inaceitável" contra o comboio de colaboradores da ONG.

Na esteira desses acontecimentos, os investidores compraram ouro, que alcançou um recorde, superando 2.300 dólares a onça, e "venderam ações".

Wall Street afundou a partir das 14h00 (horário de Brasília), e o "mercado de petróleo se recuperou", resumiu Phil Flynn.

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