Dezenas de milhares de pessoas se manifestaram neste sábado (6) em várias cidades de Israel contra o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, após seis meses de guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza.
Em Tel Aviv, a manifestação reuniu 100 mil pessoas, segundo os organizadores, e começou na "Praça da Democracia", uma interseção rebatizada assim após os protestos em massa contra uma reforma judicial de Netanyahu que abalou o país em 2023.
Os manifestantes seguravam caricaturas de "Bibi", como é conhecido o premiê, e entoavam slogans hostis ao líder do partido de direita Likud, envolvido em vários processos judiciais, principalmente por corrupção.
Também pediram sua renúncia imediata e exigiram "eleições, já", segundo os repórteres da AFP.
Depois, dirigiram-se a outro protesto que exigia uma solução negociada para libertar os 129 reféns ainda retidos em Gaza, dos quais 34 teriam morrido, segundo o Exército.
O conflito entre Israel e o Hamas foi desencadeado após o ataque do movimento islamista palestino no sul de Israel em 7 de outubro, que deixou 1.170 mortos, na maioria civis, segundo um levantamento da AFP com base em dados oficiais israelenses.
Os comandos islamistas também capturaram mais de 250 pessoas nesse dia.
A ofensiva aérea e terrestre lançada por Israel em resposta já deixou pelo menos 33.137 mortos, principalmente civis, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.
Em Tel Aviv, a polícia indicou que pelo menos uma pessoa foi detida durante confrontos com as forças de segurança.
Um motorista também foi detido por ferir levemente três pessoas ao atingir a multidão enquanto os manifestantes se dispersavam.
As manifestações ocorreram em cerca de 50 cidades.
Em Cesareia, no norte de Tel Aviv, houve confrontos entre a polícia e um grupo de manifestantes que tentavam se aproximar da residência privada de Netanyahu, segundo a mídia israelense.
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