Pelo menos 17 pessoas foram mortas neste domingo (7) em confrontos entre grupos rivais na província de Daraa, no sul da Síria, informou o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), um dia depois que um grupo de crianças foi morto em uma explosão.

Dara foi o berço da revolta de 2011 contra o regime do presidente Bashar al-Assad, mas voltou ao controle do governo em 2018 sob um acordo de cessar-fogo apoiado pela Rússia.

Desde então, a província tem sido palco de vários ataques, confrontos e assassinatos.

De acordo com o OSDH, um homem identificado como Ahmad al-Labbad, que "lidera um grupo armado", foi acusado por um grupo rival de plantar um dispositivo explosivo na província de Sanamayn, que matou oito crianças no sábado.

Al-Labbad, que costumava trabalhar para o Estado, negou essas acusações, informou a organização sediada no Reino Unido.

O grupo rival, liderado por um indivíduo que costumava "pertencer ao grupo do Estado Islâmico (EI) e agora trabalha para os serviços de inteligência militar" do governo de Damasco, invadiu parte de Sanamayn neste domingo, provocando confrontos com o grupo de al-Labbad, segundo a OSDH.

Os combates deixaram 17 pessoas mortas, disse a mesma fonte, que tem uma extensa rede de informantes no local.

A agência de notícias estatal Sana, citando uma fonte policial, fez um relato diferente da explosão no sábado, com sete crianças mortas.

A guerra da Síria, que começou em 2011, deixou mais de 507.000 pessoas mortas, milhões de deslocados e a infraestrutura devastada.

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