A Tesla chegou a um acordo com a família de um engenheiro que faleceu há seis anos quando um dos seus veículos elétricos Model X sofreu um acidente enquanto usava o sistema de assistência ao condutor na Califórnia, evitando assim um julgamento, de acordo com documentos judiciais apresentados nesta segunda-feira (8).
O julgamento com júri estava previsto para começar na próxima semana em resposta a uma ação por homicídio culposo na qual a fabricante americana, propriedade do magnata Elon Musk, foi acusada de não cumprir suas promessas sobre a tecnologia de segurança e assistência ao condutor.
Nos documentos judiciais aos quais a AFP teve acesso, afirma-se que a Tesla e a família de Wei Lun Huang, um ex-engenheiro da Apple, chegaram a um acordo de indenização e que a empresa pediu que o valor envolvido permaneça em sigilo.
Na ação movida em 2019, alegava-se que o sistema de assistência Autopilot da Tesla, que estava ativado no momento do acidente fatal, "não detectou as marcas das faixas da autoestrada, não detectou o separador de concreto e não freou o veículo, mas o acelerou".
Huang estava viajando em março de 2018 por uma estrada na cidade californiana de Mountain View, no oeste dos Estados Unidos, utilizando a função de piloto automático, quando o Model X se acidentou, ferindo-o fatalmente, de acordo com a ação.
Esse software adapta a velocidade ao tráfego e mantém o veículo em uma faixa, de acordo com a Tesla.
A família de Huang argumenta nos documentos judiciais que a Tesla foi negligente e cometeu falhas na concepção e comercialização do Modelo X de 2017.
O regulador dos EUA determinou que Huang não tinha as mãos no volante no momento do acidente, apesar dos alertas do Autopilot para que o fizesse.
A Tesla tem defendido a segurança de seus veículos e as funcionalidades de sua tecnologia de assistência ao condutor, que, conforme alertou, não exime os condutores de prestar atenção à estrada.